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Telecom Italia nega saída de Amos Genish

A Telecom Italia divulgou hoje, 24, comunicado ao mercado negando a informação publicada no jornal italiano Il Sole 24 Ore de que o CEO Amos Genish estaria deixando a empresa, apenas quatro meses no cargo. As relações da operadora com o governo italiano estão tensas, desde o ingresso da francesa Vivendi no capital da italiana e pioraram quando o governo decidiu que a francesa, por ter maioria das ações, é também controladora.

Amos Genish_telecom-italia

A Telecom Italia divulgou hoje, 24, comunicado ao  mercado negando a informação publicada no jornal italiano Il Sole 24 Ore de que o CEO Amos Genish estaria deixando a empresa, após apenas quatro meses no cargo.

O presidente da TIM, Arnaud de Puyfontaine, que também é o presidente-executivo da Vivendi, controladora da empresa, disse  que o conselho tinha “plena confiança em Amos Genish, cuja estratégia e visão compartilhamos. Estamos muito satisfeitos com o progresso alcançado até agora”.

A empresa também distribuiu uma declaração de Genish, que afirma estar  “100% comprometido com o relançamento da TIM e para o ajuste do plano industrial até 2020, que representa um projeto pessoal e profissional de longo prazo”.

As relações da operadora com o governo italiano estão tensas, desde o ingresso da francesa Vivendi no capital da italiana (através da venda para a Telefônica da brasileira GVT) e pioraram quando o governo decidiu que a francesa, por ter maioria das ações, é também controlador da operadora, e mandou o grupo desfazer a propriedade cruzada que existia com as participações nas empresas de mídia da Vivendi.

A Telecom Italia está sendo obrigada pelo governo a fazer a cisão de sua empresa de infraestrutura, a exemplo do que  já ocorreu na Grã Bretanha.

Amos Genish, porém, se é amado pelo mercado, bancos, analistas e os seus parceiros da Vivendi,  não tinha perfil de negociador com o governo enquanto dirigia as operações daqui, afirmam seus concorrentes. Mas apesar de seu estilo franco,  tinha importante atuação junto aos formuladores de políticas públicas brasileiros, atestam diferentes interlocutores do mercado.

Na Itália, conforme o ministro da área econômica, Carlo Calenda, o executivo “abriu uma nova fase” nas relações da operadora com o governo.

Genish assumiu a presidência da Telecom Italia em setembro do ano passado, sem passar pela tradicional licença de dois anos que os principais executivos de empresas de telecom são obrigados a cumprir ao sair da Telefônica Brasil, e é o terceiro presidente da operadora italiana em menos de dois anos.

 

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