Telebras monta novo modelo de negócios para ISPs

Objetivo é oferecer alternativas para os diferentes portes de provedores: pequenos, médios e grandes. Hoje, a oferta não contempla a diferenciação de segmentos.

provedores-regionais-01Para apoiar de forma mais efetiva o desenvolvimento dos provedores de acesso à internet e serviços de telecomunicações, a Telebras, que vende a eles capacidade de rede e outros serviços, decidiu reavaliar seu modelo de negócios, antes único para todos os ISPs, independentemente de seu porte. A partir de agora, está praticando quatro modelos de negócios, mais aderentes à segmentação do mercado.

A novidade foi apresentada por Luisa Amélia Tavares de Souza, gerente do Escritório Regional de Brasília da Telebras, durante o Encontro Provedores Regionais do Centro-Oeste, realizado nesta semana, em Cuiabá (MT), pela Bit Social. Alguns dos modelos já estão em operação, e outros ainda dependem do aval da área jurídica da empresa.

O primeiro modelo é voltado aos pequenos provedores que compram banda em pequena quantidade e que reclamam dos preços praticados pela Telebras. Se sua entrada no mercado fez despencarem os preços de banda, hoje os preços praticados pela estatal não são mais competitivos com o de muitas empresas privadas que vendem capacidade no atacado.

Ainda em elaboração pela área jurídica, o modelo prevê a assinatura de convênios com associações regionais, para que possam realizar compras coletivas. Com isso, o preço cai, pois quanto mais banda comprada, menor o preço. Para isso, os pequenos ISPs terão que se organizar.

O segundo modelo, destinado à ampliar a capilaridade da operadora, e que já está em vigor, envolve a elaboração de um Termo de Parceira do PNBL entre as partes. É um modelo que não envolve desembolso financeiro, nem emissão de nota fiscal, nem pagamento de tributo. Pode ser, por exemplo, a construção conjunta de uma rede.

O terceiro modelo envolve o swap de capacidade e fibras, que já vem sendo praticado pela Telebras com grandes operadoras. A diferença em relação ao segundo é que, embora não tenha desembolso financeiro, envolve nota fiscal e pagamento de tributos.

O quarto modelo, já aplicado no Sul do país, é o da contratação de EILD, no qual a Telebras contrata a última milha der um provedor. Para isso, o provedor tem que fazer cadastro na Telebras que, a partir de uma cotação de preços, contrata o serviço e paga ao provedor.

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Lia Ribeiro Dias

Seu nome, trabalho e opiniões são referências no mercado editorial especializado e, principalmente, nos segmentos de informática e telecomunicações, nos quais desenvolve, há 28 anos, a sua atuação como jornalista.

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