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Com restrições, Chile aprova joint venture entre Claro e VTR

Empresas terão de devolver 10 MHz na faixa de 3,5 MHz e outros 10 MHz na banda AWS como forma de mitigar a eventual concentração de mercado no setor de serviços móveis
Claro VTR negócio Chile
Chile aprovou joint venture entre Claro e VTR (crédito: Freepik)

A Procuradoria Nacional de Economia (FNE, na sigla em espanhol), agência fiscalizadora de concorrência de mercado do Chile, aprovou, com restrições, na quarta-feira, 5, a joint venture entre a Claro Chile, da América Móvil, e a VTR, da Liberty Latin America.

Anunciada em setembro do ano passado, a operação conjunta prevê investimentos em serviços fixos (internet, TV por assinatura e telefonia) e móveis (telefonia, internet, SMS e MMS).

No entendimento da FNE, a joint venture, no caso dos serviços de internet fixa, competirá sem dominância de mercado com outras empresas estabelecidas, como a Telefónica e a Entel, e negócios entrantes, como a Mundo. Além disso, a agência reguladora destacou que, diferentemente da Claro e da VTR, as empresas concorrentes contam com a vantagem tecnológica de ter redes de fibra óptica no país.

O órgão fiscalizador também descartou eventuais riscos associados à telefonia fixa, uma vez que o serviço perdeu importância de forma significativa para os consumidores nos últimos anos.

No que diz respeito ao mercado de TV por assinatura, a FNE destacou que existem outras operadoras relevantes no território chileno, além da crescente competição exercida pelas plataformas de streaming.

Restrições

A autoridade chilena, no entanto, apontou que, sem medidas de mitigação, a sociedade entre Claro e VTR poderia pôr em risco o setor de serviços móveis.

Dessa maneira, a joint venture propôs devolver 10 MHz na faixa de 3,5 MHz e outros 10 MHz na banda AWS.

Em comunicado, a FNE afirmou que “essas medidas garantem que a joint venture utilizará de forma efetiva e eficiente todo o espectro que manterá sob a sua titularidade”. Além disso, destacou que o desinvestimento pactuado é eficaz e adequado para “evitar que a operação gere uma redução substancial da concorrência” no país.

A sociedade será dividida igualmente entre os grupos América Móvil e Liberty Latin America. A expectativa é de que a rede de fibra óptica da empresa chegue a 6,5 milhões de residências chilenas até 2025.

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