5G vai transferir protagonismo das operadoras para o mercado B2B, afirma IDC

5G deve gerar cerca de US$22,5 bilhões em negócios B2B até 2024. Operadoras vão investir US$ 2,5 bilhões no mesmo período.
O 5G deverá promover uma mudança de protagonismo na tecnologia, aponta estudo encomendado à IDC pelo Movimento Brasil Digital, formado por 27 empresas, como Google, Microsoft, EDP. Antes a função central era exercida pela operadora, porque era a provedora de todos os elos da cadeia. Agora, o papel de ligação será feito por quem implanta a tecnologia nos mais variados setores, como utilities, manufatura, saúde, educação ou agronegócio.

Essa mudança de arquitetura, embora possa indicar perda de protagonismo para as operadoras, nem de longe significa uma redução de importância, diz Luciano Sabóia, gerente de Telecomunicações da IDC Brasil, responsável pelo estudo.

“Os players terão um grau de interdependência muito grande entre si. Para que as implantações prosperem é importante que não apenas as operadoras, mas todos os demais elos de uma mesma cadeia estejam dispostos a estabelecer esse grupo de alianças”, explica Sabóia.

O estudo prevê que o 5G deve gerar cerca de US$22,5 bilhões em negócios entre empresas (segmento B2B) até 2024. A nova geração de rede celular deve expandir o mercado de novas tecnologias no Brasil –, entre elas destacam-se internet das coisas (IoT), Public Cloud Services, Big Data & Analytics e Security, especialmente a partir de 2022. Para o período 2020-2024, a taxa de crescimento anual composta (CAGR) deverá ser de 179% no período.

Já a expectativa para o investimento das operadoras deverá ser de US$ 2,5 bilhões, no mesmo período, e US$3,9 bilhões até 2025. O montante – e o apetite ao risco das empresas – está diretamente relacionada ao leilão de frequências para a rede 5G, que teve o cronograma afetado pela pandemia de COVID-19 e deve ser realizado em 2021.

“O 5G proporcionará a conectividade com excelência, sendo o grande vetor do desenvolvimento tecnológico do Brasil e do mundo na próxima década. O MBD quer ser um agente ativo nas discussões para viabilizar a tecnologia no Brasil, apontando oportunidades e ganhos que o País pode ter em diversos setores”, afirma o diretor executivo do MBD, Vitor Cavalcanti.

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Carmen Nery

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