Adriana Cunha é a nova VP regulatória da Oi

A advogada Adriana da  Cunha Costa assume a vice-presidência Regulatória e Institucional da Oi no lugar de Carlos Eduardo Medeiros, o Cadu, que deixa a operadora em setembro.
Adriana Cunha é nova VP regulatória da Oi. Crédito-
A advogada retorna à companhia com o desafio de concluir o processo da concessão de telefonia fixa. Crédito- Gabriel Jabur

A advogada Adriana da  Cunha Costa assume a vice-presidência Regulatória e Institucional da Oi no lugar de Carlos Eduardo Medeiros, o Cadu, que deixa a operadora. Ele permanecerá até 15 de setembro. Adriana conhece bem os desafios que irá enfrentar, pois foi, por muitos anos, a diretora de Regulamentação da Oi cargo que deixou em 2021, retornando agora.

Cadu, por sua vez, ingressou na área de regulamentação da Oi em 2013, passou a liderar a área a partir de 2016, e conduziu o maior processo de recuperação judicial de  uma empresa brasileira, que entrou com pedido para impedir sua falência, com dívidas de R$ 65,4 bilhões. Nesses seis anos a Oi vendeu praticamente todos os seus mais valiosos ativos (antenas; rede de fibra óptica; data center; frequência e clientes de telefonia celular). Espera a aprovação dos reguladores para também passar adiante os serviços de TV paga. 

Balanço Operacional

A Oi encerrou junho deste ano com endividamento líquido de R$ 16 bilhões, ante R$ 25,69 bilhões no segundo trimestre de 2021. Mas continua a apresentar resultados negativos, embora seja sócia-âncora da V.tal, a empresa de rede neutra do BTG e seus fundos. Sob o comando de Rodrigo Abreu, a Oi espera a aprovação da Justiça Federal para concluir o maior e um dos mais longos processos de recuperação judicial da história, mas ainda terá que lidar com vários legados, entre eles o da concessão de telefonia fixa.

A empresa está em arbitragem com a União sobre os ônus e bônus da concessão, que termina em 2025, mas que poderá ser antecipada, caso a empresa prefira aceitar as condições da Anatel e migrar o serviço para o regime privado. Mas a diferença entre o que cobra o Estado e o que a operadora entende que já pagou é de muitos bilhões de reais. A Anatel entende que a Oi tem um dívida a pagar de R$ 12,176 bilhões. A Oi, por sua vez, alega ter a receber R$ 16 bilhões.

Perfil

Adriana é formada em Direito pela Pontifícia Universidade do Rio de Janeiro (PUCRJ), pós graduada em Direito Empresarial na Universidade Cândido Mendes, possui MBA Executivo na Coppead-UFRJ.

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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