IBGE altera PNAD para apurar streaming, IoT e parabólica em banda C

Novo questionário será aplicado no último quadrimestre deste ano. Levantamento incluirá possibilidade de interferências por conta do 5G.

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) atualizou os questionário da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua no módulo temático sobre Tecnologia da Informação e Comunicação – PNAD Contínua TIC – para que, na próxima edição, apure o acesso a serviços de streaming, soluções de internet das coisas (IoT) e as condições de teletrabalho. A atualização se dará a partir do 4° quadrimestre de 2022. 

Os novos recortes também buscarão apurar quantas famílias podem sofrer interferência no sinal de TV transmitido por banda C por conta da operação do 5G. Para isso, os moradores que fazem uso da parabólica serão questionadas se o equipamento utilizado é uma “parabólica grande” ou “mini antena”.

De acordo com o IBGE, as novas questões só não foram inseridas na pesquisa realizada no 4° semestre de 2021, divulgado nesta sexta-feira, 16, divulgado nesta sexta-feira, 16, para “não atrasar” as atividades.

Uso de aplicativos

A atualização da PNAD Contínua TIC também vai apontar quais aplicativos de celular são utilizados pelos usuários, como forma de apurar precisamente quem faz uso frequente da internet. De acordo com os analistas do IBGE, há quem não considera o uso de alguns aplicativos de mensagens, serviços de streaming e ferramentas de bancos ao responder a pesquisa.

O novo levantamento também vai analisar o acesso a wifi gratuito, ampliando as formas de acesso à internet para além do contrato pelo próprio usuário em sua residência.

Trabalho remoto

A partir da próxima edição, a Pnad Contínua TIC passará a analisar de forma mais precisa a atividade econômica por meio do teletrabalho, de acordo com definições da Organização Internacional do Trabalho (OIT). 

Sendo assim, será considerado teletrabalho aquele “realizado total ou parcialmente realizado em um local alternativo e diferente do local padrão de trabalho”. Este critério é baseado na definição anterior de trabalho remoto já aplicado pelo IBGE, no entanto, agora com mais detalhes, como quais são os tipos de dispositivos eletrônicos pessoais mais utilizados por estes profissionais para prestar serviço, como computador, tablet ou celular.

O uso de aplicativos como Ifood, Uber, 99Pop, entre outros, também será analisado. De acordo com o IBGE, a ideia é que a pesquisa possa ser utilizada para elaboração de políticas públicas que dizem respeito às condições de trabalho, como jornada e renda.

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Carolina Cruz

Repórter com trajetória em redações da Rede Globo e Grupo Cofina. Atualmente na cobertura dos Três Poderes, em Brasília, e da inovação, onde ela estiver.

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