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Servidores dos Correios entram em greve por mudanças no plano de saúde

A questão já está em exame no TST, que pode se manifestar sobre dissídio coletivo

Servidores dos Correios entraram em greve por tempo indeterminado nesta segunda-feira (12) contra mudanças no plano de saúde da empresa, que preveem o pagamento das mensalidades pelos funcionários e a retirada de dependentes dos contratos. De acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), o benefício poderá ser reajustado conforme a idade, chegando a mensalidades acima de R$ 900. A entidade ressalta que o salário médio dos trabalhadores dos Correios é de R$ 1,6 mil, “o pior salário entre empresas públicas e estatais”.

Outras reivindicações dos trabalhadores são contra as alterações no Plano de Cargos, Carreiras e Salários; a terceirização na área de tratamento; a privatização da estatal; a suspensão das férias dos trabalhadores; a extinção do diferencial de mercado e a redução do salário da área administrativa. Além disso, reclamam da contratação de novos funcionários por meio de concurso público, a segurança nos Correios e o fim dos planos de demissão.

Nota    

Em nota divulgada nesta segunda-feira (12), os Correios entendem o movimento atual como injustificado e ilegal, pois não houve descumprimento de qualquer cláusula do acordo coletivo de trabalho da categoria. “Com o objetivo de ganhar a opinião pública, as representações dos trabalhadores divulgaram uma extensa pauta de reivindicações que nada têm a ver com o verdadeiro motivo da paralisação de hoje: a mudança na forma de custeio do plano de saúde da categoria.

Segundo a empresa, hoje os custos do plano de saúde dos trabalhadores representam 10% do faturamento dos Correios, ou seja, uma despesa da ordem de R$ 1,8 bilhão ao ano. A questão já está no Tribunal Superior do Trabalho (TST), que pode decidir sobre o dissídio coletivo.

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