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Eletronet renova tecnologia de rede e mira conexão de data centers

Operadora dos grupos de energia Eletrobas e Bandeirantes, a Eletronet segue as rotas de transmissão elétrica, mas pretende terminar o ano com o triplo de data centers alcançados por sua rede.
Célio Mello, gerente de produtos da Eletronet
Célio Mello, gerente de produto da Eletronet

A operadora de atacado Eletronet está renovando os equipamentos DWDM de toda a sua rede. A empresa atualizou trechos no Centro-Oeste e em Minas Gerais em 2023, concluiu recentemente o upgrade nos estados do Sul, e até o começo de 2025 vai completar o projetos de modernização no resto do Brasil. O fornecedor dos novos equipamentos é a Ciena.

Ao todo, a empresa que pertence aos grupos de energia LT Bandeirantes e Lightpar está fazendo o upgrade em todos os seus 17 mil km de rede óptica, implantada em anéis redundantes.

“Finalizamos este ano e no começo do ano que vem toda a parte de fotônica e transmissão óptica”, afirma Célio Mello, gerente de produto da operadora. Segundo ele, a opção em ter um único fornecedor para a rede nacional foi bem calculada e trouxe eficiência significativas. “Conseguimos que a mesma equipe faça a manutenção no Brasil inteiro, uma qualidade homogênea e ter uma gestão de rede simplificada”, explica.

A Eletronet tem como clientes os provedores regionais de internet, aos quais fornece trânsito IP e acesso a 27 pontos de troca de tráfego no mundo, sendo 19 no Brasil e 8 divididos entre Europa e Estados Unidos. Representam 70% das receitas. Outra parcela significativa dos negócios, 30%, se dá com as operadoras nacionais de telecomunicações, as quais contratam principalmente transporte de dados.

Data Centers na mira

Este ano, a meta é avançar em uma frente nova: a conectividade de data centers, conta o executivo. No momento, a Eletronet chega a 8 data centers no país. Pretende terminar o ano conectando 25.

“Estamos hoje nos centros da Equinix (SP2, 3 e 4), Telcables, V.tal, Telxius, Cirion, e no Teleporto do Rio de Janeiro. Estamos trabalhando para ter presença nos 25 que tenham maior densidade de tráfego”, conta.

Essa presença em data centers é estratégica por atender dois potenciais clientes: o data center, propriamente, e as empresas que estão lá dentro gerando ou acessando tráfego. “É a Eletronet se posicionando para ser um fornecedor desses data centers, mas também, atender os provedores que estão lá dentro”, diz Mello.

Atuação internacional

Outra frente será a expansão da rede no exterior, através de parcerias. Atualmente a Eletronet utiliza os cabos Seabras-1, da Seaborn Networks, e Monet, da Telcables, para conectar em anel o Brasil aos Estados Unidos, com pontos de chegada em Nova York e Miami.

“O nosso papel é estar próximos dos conteúdos dos EUA e ter presença internacional para atender clientes internacionais com interesse em ter conectividade no Brasil. A Eletronet não tem interesse em operar nos EUA, mas vai se posicionar para operadoras da Europa, das Américas, da Ásia ou África que tenham interesse em conectar-se ao Brasil”, afirma Célio Mello.

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