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Cisco simplifica ofertas de segurança e aumenta aposta na nuvem

Presidente da Cisco no Brasil, Ricardo Mucci, explica estratégia de simplificação de soluções de segurança e diz que a nuvem facilita a disseminação da defesa a mais empresas

Ricardo Mucci CEO da Cisco Brasil Credito: 5x5 Tec Summit

A Cisco resolveu simplificar seu portfólio de segurança a fim de acelerar a escolha por parte dos clientes e “democratizar” o acesso a recursos de defesa cibernética em nuvem.

O cardápio de dezenas de produtos que podiam ser contratados pelos executivos de TI das empresas ainda existem, mas foi transformado em quatro famílias de soluções, sempre com possibilidade de utilização a partir da nuvem.

Segundo o presidente da Cisco no Brasil, Ricardo Mucci, o objetivo da simplificação atende a uma tendência de mercado. Os clientes, disse em coletiva de imprensa realizada hoje, 10, em São Paulo, estão buscando soluções mais amplas, convergentes à conectividade, que atendam necessidades do retorno aos escritórios, mas sem fechar a possibilidade do trabalho híbrido.

“É o fornecedor com a visão mais simplificada e integrada da solução que vai ser escolhido. A gente tinha 30 a 40 produtos, e estamos agora simplificando tudo para quatro linhas de soluções. O cliente vai simplesmente escolher a qual suite de serviços quer aderir”, falou. As linhas, listou, são: Firewall, Secure Connectivity, Zero Trust, e Extende Detection and Response (XDR).

Segundo Mucci, a empresa não se intimida com legado dos clientes. Recomenda a substituição de sistemas antigos (acima de quatro anos) por novos, mas afirma que as soluções de segurança da Cisco conversam com produtos antigos de outros fornecedores. “Hoje a gente vê clientes com um firewall A, gestão de DNS B, gestão de ponta de equipamentos C, então fazemos a integração de tudo isso”, afirmou.

Nuvem em foco

Para entregar isso, a Cisco aposta na nuvem. Através de parceria com provedores “hiperscalers” privados, pretende ser capaz de atender a demanda crescente por capacidades mais altas de defesa cibernética. A empresa firmou parceria este com a AWS, por exemplo, e onde houver nuvem da Amazon já é possível estabelecer uma torre local (data center especializado) de segurança Cisco.

Fernando Zamai, líder de cibersegurança da Cisco Brasil, contou que o que antes eram sistemas muito caros de defesa, hoje estão ao alcance de empresas em quaisquer lugares graças ao poder computacional distribuído pelos data centers mundo afora.

“Com a nuvem, é possível entregar um nível de segurança militar de forma mais simples e com menor custo. O Cloud é mais democrático”, observa. A companhia tem acordo com a AWS, mas também oferece acesso aos produtos de segurança via Azure, Google Cloud, ou outro provedor solicitado pelo cliente.

Um exemplo de solução de alta capacidade baseada em nuvem citada pelos executivos é a SIEM, uma ferramenta de inteligência capaz de prever incidentes ou de identificar falhas e corrigi-las com base nos logs gigantescos de acessos dos equipamentos de rede corporativos. Outro exemplo é o produto Thousand Eyes, capaz de identificar falhas em elementos específicos da rede, como portas de acesso, e propor solução automatizada, quando possível.

Mucci ressalta que a companhia não deixa, nem pretende, de fazer hardware, pois segue existindo grande demanda por equipamentos especializados. Mas diz que o software ganhou importância nos últimos anos – tanto que hoje 80% da a receita com segurança vem de software. E colocar tais recursos em nuvem amplia o alcance da companhia.

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