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Secretário-geral da UIT diz que banir a Huawei “não é justo”

Executivo afirma que acusações feitas pelo governo dos Estados Unidos contra a fabricante carecem de provas

O secretário-geral da União Internacional de Telecomunicações (UIT), Houlin Zhao, afirmou nesta sexta-feira, 5, a jornalistas em Genebra (Suíça) que não considera justas medidas para banir a fabricante Huawei do mercado de telecomunicações sem provas de que a empresa incorre em práticas abusivas.

“Eu encorajaria que fossem dadas oportunidades iguais para a Huawei disputar negócios, e ao longo do processo operacional, caso algo errado seja encontrado, então acusações poderiam ser feitas. Mas se não houver motivo para barrar a empresa, então acho que não é justo”, falou à agência de notícias Reuters.

Segundo ele, as acusações feitas pelos EUA contra a fabricante chinesa até agora não apresentam provas. A seu ver, as operadoras podem ser punidas se tiverem redes inseguras, então cabe a elas decidir que equipamentos usar. “A preocupação é delas, é o objetivo primário delas ter certeza de que os sistemas vão fornecer os serviços que as satisfaçam”, acrescentou.

Ele disse, ainda, que o imbróglio envolvendo Huawei e EUA não deve afetar o cronograma de padronização da 5G, que terá todas as especificações concluídas até outubro.

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