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Justiça

TJ-SP nega suspensão da parceria entre o governo de SP e as operadoras

Parceria prevê geração de mapas de calor para aferir o índice de isolamento social a partir de dados acesso de usuários a estações radiobase de Claro, Oi, TIM e Vivo

O Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo negou na última sexta-feira, 5, mandado de segurança contra o acordo de cooperação estabelecido entre o governo estadual e operadores de telefonia para monitoramento do isolamento social durante a quarentena. De acordo com o relator designado, desembargador Getúlio Evaristo dos Santos Neto, não há afronta a direitos individuais, pois os dados apurados são anônimos e sigilosos.

Consta nos autos que a parceria busca, por meio de dados extraídos de aparelhos celulares, aferir o grau de efetividade das medidas de isolamento social, a fim embasar a formulação de estratégias de contenção do novo coronavírus. Segundo o desembargador, as elucidações técnicas demonstram o caráter agregado, estatístico e impessoal das informações coletadas.

“Razoável concluir que não se utilizam dados pessoais, mas apenas os anonimizados, de quantidade de conexões às Estações de Rádio Base das operadoras, e tão só para apurar as regiões com maior movimentação de pessoas”, escreveu.

“A adoção de medidas restritivas e de isolamento social pelo Poder Público, visando ao enfrentamento da pandemia do Covid-19, resguarda os direitos fundamentais à vida e à saúde e encontra amparo em recomendações e orientações técnicas de órgãos científicos, dentre os quais o Ministério da Saúde e a OMS – Organização Mundial de Saúde”, acrescentou o relator. A decisão do mandado de segurança foi por maioria de votos. (Com assessoria de imprensa)

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