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Grupo de minoritários da Oi retira chapa que concorreria ao conselho de administração

Assembleia que poderia destituir comando da Oi segue marcada para quinta-feira da próxima semana, 16; contudo, com a desistência, não há chapa de oposição, apenas a indicação de um nome que já ocupa assento no board, mas que pode ser substituído por Rodrigo Abreu, atual CEO.
Grupo de minoritários da Oi retira chapa que disputaria conselho
Trio de acionistas minoritários retira chapa que disputaria conselho da Oi (crédito: Freepik)

A Oi informou, por meio de fato relevante publicado na noite de quinta-feira, 9, que a chapa indicada por um grupo de acionistas minoritários foi retirada da disputa pelo conselho de administração da companhia. A votação seria realizada na próxima quinta-feira, 16, em assembleia geral extraordinária.

O comunicado expressa que os investidores Tempo Capital Principal Fundo de Investimento de Ações, Victor Adler e VIC DTVM S/A decidiram retirar a indicação.

Inicialmente, a reunião de acionistas estava marcada para a última segunda-feira, 6. Por falta de quórum, contudo, a tele convocou uma segunda chamada para a próxima semana. A deliberação ocorrerá somente de forma online, com qualquer quórum.

Vale destacar que a assembleia foi requerida pelos acionistas minoritários e que o principal tema a ser votado é a eventual destituição do atual conselho de administração da Oi.

A solicitação da assembleia foi encaminhada à Oi em 25 de janeiro. A chapa alternativa foi apresentada dias depois, apenas em 9 de fevereiro.

O grupo de minoritários, conforme anexo ao fato relevante, alega que, antecipando-se à assembleia, a atual administração da Oi entrou com um pedido na Justiça por uma segunda recuperação judicial e anunciou a celebração de um acordo prévio com parte dos credores.

“O referido acordo não atende o melhor interesse da companhia e notadamente não leva em consideração o interesse dos acionistas dela de maneira adequada. Sem prejuízo, na avaliação dos subscritores da presente, essa medida – até pela incerteza quanto às possibilidades e consequência de sua reversibilidade – cria uma aparente situação irreversível e esvazia a iniciativa proposta para deliberação da Assembleia Geral”, afirmam os minoritários.

“No limite, a própria competência do órgão de tratar adequadamente a matéria foi esvaziada, o que será endereçado na esfera e no momento adequados”, acrescenta o grupo, em comunicado à Oi.

Apesar da retirada da chapa, os acionistas ainda devem deliberar sobre a eventual destituição do conselho de administração. Caso os executivos sejam desempossados, os novos eleitos terão mandato de dois anos.

Em caso de eleição, o atual grupo que comanda a Oi vai concorrer com uma chapa composta por nove conselheiros: (i) Eleazar de Carvalho Filho; (ii) Marcos Grodetzky; (iii) Claudia Quintella Woods; (iv) Henrique Luz; (v) Maria Helena dos Santos Fernandes de Santana; (vi) Paulino do Rego Barros Jr; (vii) Armando Lins Netto; (viii) Mateus Affonso Bandeira; e (ix) Rodrigo Modesto de Abreu.

Na prática, a diferença em relação à mesa diretora atual é de apenas um nome: Rodrigo Abreu ocuparia um assento deixado por Raphael Manhães. Os minoritário, aliás, retiraram a chapa completa, mas mantiveram a indicação de Manhães no board, sem a entrada de Abreu.

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