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Provedores do Tocantins se organizam para montar PTT local

O grupo já conseguiu atrair o Google, que deve levar seu conteúdo para o estado, e tenta envolver a prefeitura no projeto.

DSC_0402Apesar da banda larga fixa ter crescido 11,2% em 2015 no estado do Tocantins (a média nacional foi de 12,6%), ano em que o PIB encolheu 4%, as deficiências de conectividade no estado ainda são muito grandes — e as oportunidades para quem quer investir nesse segmento enormes.

De acordo com os últimos dados da PNAD (2o14), a penetração da banda larga por domicílio no estado é de 33,7%, abaixo da média nacional de 55%. E no último leilão de sobra de frequências da Anatel, o primeiro em que foram leiloadas frequências com cobertura municipal o que permitiu a participação de provedores regionais de acesso à internet, houve lances apenas para 19 municípios do Tocantins. Para mais cem nenhuma empresa apresentou ofertas.

Para proteger e avançar no mercado onde atuam, que contam com apenas 29 empresas com licença de Serviço de Comunicação Multimídia habilitadas na Anatel, um grupo de 11 provedores regionais se organizou para montar um Ponto de Troca de Tráfego (PTT) privado na capital Palmas. Segundo Kleber Brasil, diretor do provedor Beleza, que nasceu em 2000 em Porto Nacional e hoje atua em cerca de 30 cidades, o objetivo é melhorar a qualidade da conexão, reduzir os custos e aumentar a capilaridade. E, também, ou principalmente, atrair provedores de conteúdo para que tragam para o PTT seus caches de conteúdos ou CDNs (Content Delivery Network). A primeira iniciativa do grupo foi conversar com o Google. “Como nosso tráfego soma mais de 400 Mbps, o representante da empresa viu viabilidade em nosso pleito. Ainda este mês o PTT deve começar a funcionar”, conta ele.

Para colocar o PTT para rodar, o grupo busca agora um local neutro para a instalação dos equipamentos. Há oferta de espaço físico de um dos integrantes do grupo, mas existem também negociações com a Prefeitura de Palmas, que mantém o projeto Cidade Digital, para que abrigue o PTT. Vencida esta etapa, a seguinte seria conseguir que a administração do PTT viesse a ser assumida pelo NIC.br, o braço executivo do Comitê Gestor da Internet, responsável pela instalação e manutenção dos PTTs públicos do país. Essa possibilidade foi debatida com Rodrigo dos Santos, analista de projetos do NIC.br, durante o Encontro Provedores Regionais, realizado ontem em Palmas.

O Encontro Provedores Regionais, realizado pela Bit Social, contou com a participação de representantes de ISPs de Tocantins, Pará, Maranhão e Distrito Federal.

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