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Balanço

Com fim de contrato com Oi, TIM e Vivo devem ter bons resultados no 2º trimestre, estima BTG

Lucro das operadoras deve crescer consideravelmente no período de abril a junho; estimativa indica que alta de preços dos serviços móveis deve impulsionar receitas
BTG Pactutal projeta bons resultados para TIM e Vivo no 2º trimestre
Balanços de TIM e Vivo do 2º trimestre devem trazer bons números, prevê banco (crédito: Freepik)

Tanto a Vivo como a TIM devem reportar bons resultados referentes ao segundo trimestre deste ano, projetam analistas do banco BTG Pactual em relatório sobre o mercado de telecomunicações.

O lucro das operadoras deve crescer consideravelmente no período. Além disso, a estimativa indica alta nas receitas, com destaque para segmento móvel, o qual deve superar com folga a inflação acumulada. A expectativa é de que o aumento dos preços dos serviços e o fim do contrato de migração de clientes com a Oi também favoreçam os números.

“Os bons resultados de ambas as companhias no segundo trimestre devem confirmar o momento operacional positivo do setor”, destacam os analistas.

Vivo

De acordo com a projeção do BTG Pactual, o destaque do balanço da Vivo deve ser a receita do segmento móvel. A alta estimada é de 7,6%, mais do que o dobro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do período (3,2%). Os analisas lembram que a operadora elevou os preços para parte da base de clientes pós-paga e do plano controle em abril, além de ter aumentado o valor mínimo de recarga no modelo pré-pago.

“Um dos primeiros sinais de normalização do mercado pós-consolidação do setor deve ser a capacidade das telcos de repassar a inflação para os preços, área em que historicamente tiveram dificuldades – embora isso pareça estar mudando devido a um ambiente de mercado mais racional após a aquisição da Oi”, avalia

Além disso, a projeção indica que o segmento fixo deve crescer 3,9% na comparação anual, com a receita da banda larga de fibra óptica avançando 12,6%. Para os demais serviços fixos, no entanto, a expectativa é de queda de 20%.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) ajustado (7,4%) e a margem (alta de 0,3 ponto percentual) devem ser beneficiados pelo fim do contrato com a Oi. A Vivo pagava aproximadamente R$ 50 milhões por trimestre à concorrente que deixou o setor móvel. A despesa terminou no primeiro trimestre deste ano.

Por fim, o lucro líquido deve crescer 22,6%, chegando a R$ 914 milhões.

TIM

No caso da TIM, a receita de serviços deve avançar 8,4%, com o faturamento do segmento móvel crescendo ainda mais (8,5%). O ganho de receita será beneficiado pelo aumento dos preços no segundo trimestre, sugere o banco.

Segundo a projeção, a receita do setor fixo deve aumentar em 6%, enquanto se espera que o EBTIDA ajustado tenha expansão de 12,7%, chegando a R$ 2,8 bilhões. A margem estimada é de 48%, o que indica alta de 1,7 ponto percentual na comparação com o segundo trimestre de 2022.

Ainda que tenha pagado cerca de R$ 70 milhões à Oi em abril, os dois meses seguintes sem a despesa relacionada à migração de clientes móveis também deve favorecer os números da TIM.

Em termos percentuais, o grande destaque deve ser o lucro líquido. Os analistas do BTG projetam alta de 65,6%, com o lucro alcançando R$ 518 milhões no período de abril a junho deste ano.

A TIM deve divulgar os resultados do segundo trimestre em 31 de julho. O balanço financeiro da Vivo deve vir a público antes, com previsão para o dia 25 deste mês.

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