Com ações em queda, Twitter nega violações no acordo com Musk

Papéis da rede social tiveram queda de 11,3% e a empresa perdeu US$ 3,2 bilhões em valor de mercado
Crédito:Tele.Síntese

A segunda-feira começou quente, com as ações em queda como repercussão da desistência de Elon Musk de comprar o Twitter, um negócio estimado em US$ 44 bilhões. As ações da gigante de mídia social caíram 11,3% e em um único dia a empresa perdeu US$ 3,2 bilhões em valor de mercado. As ações fecharam em queda e ficaram a US$ 32,5 , um dos menores valores da companhia este ano. Mas a Tesla, do bilionário Musk, também saiu arranhada dessa situação.

Na sexta-feira, Musk enviou uma carta à SEC anunciando a desistência do acordo e acusando o Twitter de ter violado o acordo fechado entre eles e não fornecido dados suficientes para manter a transação. Seriam dados relativos a contabilização de contas falsas e de spam nos acessos diários; não ter explicado como identifica e suspende tais contas; não ter revelado contas que mostrem a quantidade de bots nos últimos dois anos; não ter apresentado comunicações do Conselho de Administração a respeito de como lidar com os bots; e nem documentos sobre a situação financeira da companhia.

No mesmo dia, o presidente do Conselho de Administração do Twitter, Bret Taylor, ameaçou recorrer à Justiça caso o acordo não seja cumprido. Na própria rede social, Musk respondeu a essa ameaça com ironias. Hoje, o Twitter informou que não houve violação dos requisitos previstos no acordo de compra, o que tornaria a desistência da compra injustificável.

Tesla também cai

As ações da Tesla, por sua vez, tiveram uma pequena alta na sexta-feira com os investidores satisfeitos com o fim do acordo. Mas hoje enfrentaram uma queda de 4% o que é atribuída a alguns analistas mais como volatilidade do mercado do que reflexo da decisão de Musk sobre o Twitter.

Em sua desistência, Musk expôs um problema constantemente atribuído ao Twitter por diferentes vozes do mercado: o número de contas falsas. A rede social informa que o número de perfis fakes são menos de 5% em uma base de 229 milhões de participantes. Mas o bilionário queria utilizar seus próprios meios para obter essa informação pois acredita que esse percentual seja muito maior do que o divulgado pela companhia.

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Wanise Ferreira

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