Positivo reduz estoques, diminui custos e retoma lucro

Fabricante vê resultado da operação no exterior crescer quase quatro vezes.
Hélio Bruck Rotenberg_positivo (Crédito Silvio Aurichio)
Hélio Bruck Rotenberg, diretor presidente da Positivo

A fabricante curitibana Positivo Informática divulgou os seus resultados financeiros do primeiro trimestre de 2016. A companhia apurou lucro líquido ajustado de R$ 16,1 milhões no primeiro trimestre, depois de uma sequência resultados negativos. No primeiro trimestre de 2015, teve saldo negativo em R$ 10,2 milhões, e no quarto trimestre, em R$ 49,8 milhões. O EBITDA ficou em R$ 29,9 milhões, ante R$ 28,6 milhões um ano atrás. Também reduziu a dívida líquida em 7,5%, para R$ 244,7 milhões.

Para reverter a situação, a companhia destaca ter diversificado o portfólio, aumentando a importância dos celulares no resultado e das operações internacionais. Entre janeiro e março, vendeu 388 mil celulares, enquanto no exterior (Argentina e África), vendeu 266% mais PCs por meio da joint venture Positivo BGH.

O resultado melhor aconteceu mesmo em meio a um mercado brasileiro desaquecido, destaca a companhia. Tanto consumidor quanto governo postergaram compras. No território nacional, as vendas de computadores encolheram 47%. A receita com celulares cresceu 151%, para R$ 75 milhões. A da Positivo BGH saltou de R$ 38 milhões um ano atrás, para R$ 140 milhões agora. Os estoques caíram para R$ 83 milhões. Eram de R$ 135 milhões em dezembro. E o market share em celulares aumentou para 4,3%, ante 3,2% em dezembro.

A companhia calcula uma retomada de entregas ao governo durante este segundo trimestre. Estima crescimento continuado das operações no exterior. Em abril, demitiu 20% da diretoria, como medida para redução de custos e reestruturação organizacional. Também deposita fichas na migração da fábrica de Ilhéus para Manaus, onde, com benefícios fiscais, espera acelerar a geração de caixa.

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Rafael Bucco

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