Nova política industrial prevê digitalização do agronegócio

Programa do governo federal tem como um de seus objetivos a criação de um setor agrário sustentável e digital, com foco no crescimento da agroindústria
Digitalização do agronegócio faz parte da nova política industrial do governo federal
Digitalização do agronegócio é um dos focos da política industrial do governo federal (crédito: Freepik)

Anunciada na segunda-feira, 22, a Nova Indústria Brasil (NIB), nome do programa de política industrial do governo federal que prevê até R$ 300 bilhões em financiamento para o setor nos próximos quatro anos, tem como um de seus pilares a digitalização do agronegócio nacional.

Na prática, o plano foi estruturado em seis missões e uma delas – justamente a de número 1 – foi dedicada à cadeia agroindustrial do País. Em linhas gerais, o governo quer promover um setor agrário amparado em indústrias sustentáveis e digitais, com foco em segurança alimentar, nutricional e energética.

As metas aspiracionais do projeto são aumentar a participação do setor agroindustrial no Produto Interno Bruto (PIB) agropecuário de 23% para 50%, ampliar de 18% para 70% a mecanização dos estabelecimentos de agricultura familiar e suprir pelo menos 95% do mercado de máquinas e equipamentos para a agricultura familiar com produção nacional, além de garantir a sustentabilidade ambiental do setor.

No que diz respeito a essa missão, o governo aponta como os principais desafios o aumento da produtividade no campo e do valor agregado da produção agrícola brasileira. Também indica que será preciso alinhar as políticas industrial e de comércio exterior, promover a mecanização da agricultura familiar, aumentar o uso de bioinsumos para a produção de alimentos e incentivar o desenvolvimento de máquinas, equipamentos e insumos nacionais para reduzir o risco de variações de oferta internacional.

As áreas prioritárias do projeto são as de equipamentos para agricultura de precisão, máquinas agrícolas para a grande produção e para a agricultura familiar e biofertilizantes.

Financiamento

Entre as prioridades de financiamento, o programa prevê o uso de recursos não reembolsáveis para: fertilizantes e defensivos, produtos ou suas embalagens com nanotecnologia e biotecnologia; melhoramento genético animal e vegetal; redução do consumo de água e da pegada de carbono na atividade agropecuária.

Já recursos reembolsáveis (TR + 2% ao ano) podem ser utilizados para adquirir soluções biotecnológicas para nutrição e defesa de plantas e proteína animal, além de máquinas, equipamentos e implementos voltados para a agricultura familiar.

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Da Redação

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