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Banco estatal italiano prepara contraoferta por ativos de rede do Grupo TIM

CDP, ao lado do fundo Macquarie, fará contraoferta com aval do governo italiano pela infraestrutura do Grup TIM na Itália, a fim de superar o rival KKR

Crédito: Divulgação

O jornal italiano Il Messagero noticiou nesta quarta-feira, 8, que o banco estatal Cassa Depositi e Prestiti (CDP) se juntou ao fundo Macquarie para apresentar uma contraoferta de aquisição dos ativos de rede do Grupo TIM na Itália.

No começo do mês, o grupo de telecom recebeu oferta do fundo norte-americano KKR válida por 30 dias. O Conselho de Administração da TIM começou a analisar a proposta recebida, mas vai decidir se aceita ou não apenas no dia 24 de fevereiro. O valor não foi revelado, mas a imprensa local especula ter sido em torno de € 20 bilhões (R$ 111,6 bilhões, pelo câmbio atual).

Enquanto isso, negociações e diligências prosseguem, ao mesmo tempo em que potenciais rivais se mobilizam, como é o caso do CDP, que já é acionista do Grupo TIM, detentor de 9,81% do capital social. O maior acionista do grupo é a empresa francesa de mídia e entretenimento Vivendi, com 23,75%.

Conforme o jornal Il Messagero, o CPD ficaria com 60% do ativo, enquanto o fundo Macquarie com os demais 40%. A proposta já teria a bênção do governo italiano, cujo ministro da economia teria sido previamente consultado pelo CDP.

Além de ser acionista do Grupo TIM, o CDP também controla a Open Fiber, rival em rede óptica da operadora de telecomunicações. Nos últimos anos, houve esforços em busca de fusão entre as redes de ambas as empresas, mas as negociações sempre naufragaram. O fundo Macquarie é sócio do CDP na Open Fiber.

A separação estrutural do Grupo TIM entre unidade de varejo e de infraestrutura foi planejada e está sendo levada a cabo por Pietro Labriola, que antes de se tornar o CEO do grupo italiano, esteve à frente da TIM Brasil. O negócio brasileiro, aliás, chegou a ser cogitado para venda a fim de reduzir o endividamento da holding, que passa dos € 25,5 bilhões (R$ 142,3 bilhões).

Conforme a Bloomberg noticiou na última semana, no entanto, a ideia foi descartada após cálculos demonstrarem que a unidade brasileira é grande pagadora de dividendos, e por isso, mais rentável em carteira do que vendida.

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