Teste de WiFi 7 em Interlagos alcança 3,8 Gbps

Em ação promovida pela Qualcomm, rede instalada em camarote variou de 2,1 Gbps a 1,7 Gbps durante pico de aglomeração de pessoas, enquanto upload superou 900 Mbps
Demonstração de WiFi 7 em Interlagos alcança 3,8 Gbps
WiFi 7 foi testado durante etapa final da Stock Car em Interlagos (crédito: Divulgação/Stock Car)

A Qualcomm promoveu, no domingo (17), uma demonstração da capacidade do WiFi 7 no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, durante a etapa final da temporada de 2023 da Stock Car. Instalada em um camarote do complexo automobilístico, a rede sem fio alcançou velocidade de download de 3,8 Gbps com a sala vazia.

No pico de movimentação de pessoas, variou de 2,1 Gbps a 1,7 Gbps, enquanto o upload passou de 900 Mbps.

A ação contou com um link de banda larga de 10 Gbps disponibilizado pela Americanet, incluindo o uso da frequência de 6 GHz em ambiente fechado (indoor). A Ruckus Networks forneceu o ponto de acesso R770, atualmente em processo de certificação pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O equipamento, que será lançado para o público corporativo, utiliza o chip Qualcomm Networking Pro 820, projetado para o WiFi 7.

“Escolhemos o autódromo para fazer esse lançamento porque é uma área de grande concentração de pessoas. Então, você precisa ter capacidade para fornecer banda larga de alta velocidade em uma aglomeração”, disse Hamilton Mattias, diretor de Produto da Qualcomm, durante a demonstração para jornalistas.

O executivo explicou que, no caso de smartphones, em razão da configuração das antenas, o WiFi 7 consegue proporcionar velocidades de até 5,6 Gbps. No entanto, a taxa real de download gira em torno de 4 Gbps.

A expectativa da Qualcomm é que mais dispositivos móveis com suporte à sétima geração sem fio sejam lançados em 2024. Com isso, está investindo em parcerias com fabricantes de equipamentos de acesso, tendo em vista que a tecnologia deve mostrar suas reais capacidades em ambientes com muitos usuários, como estádios, shoppings, aeroportos, escolas, parques e autódromos. Vale lembrar que a empresa defende a destinação integral da faixa de 6 GHz para o uso não licenciado (WiFi), tanto indoor quanto outdoor.

“O mais importante é a experiência. Você ter uma densidade grande de usuários e conseguir compartilhar [a rede]. Aqui, estamos compartilhando cerca de 4 Gbps e temos mais de 100 pessoas usando simultaneamente, com uma experiência de 200 Mbps a 300 Mbps”, destacou Mattias.

No camarote, ainda era possível utilizar a rede WiFi 6E, tecnologia que também faz uso da frequência de 6 GHz. Os testes mostraram velocidades de download de 740 Mbps com a sala com poucas pessoas e 240 Mbps quando o espaço estava mais movimentado.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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