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PF abre inquérito para apurar denúncia da Oi contra Société Mondiale

Operadora suspeita que fundo negociou ações a partir de informações privilegiadas

A Polícia Federal abriu inquérito, com base em pedido feito pela Oi ao Ministério Público Federal para apurar se o fundo de investimento Société Mondiale e a PetroRio teriam se beneficiado de informações relevantes, ainda não divulgadas ao mercado, para obterem vantagem indevida na negociação de ações da operadora no início deste ano. A informação foi publicada hoje pelo jornal Valor Econômico, citando o colunista Lauro Jardim, de O Globo.

A abertura do inquérito policial foi determinada pelo procurador da República Rodrigo Poerson, em despacho assinado no dia 24 de abril. Em seu pedido, a Oi relata uma “intensa e inusual” negociação de seus papeis entre 8 de janeiro e 5 de fevereiro, em contexto “aparentemente crimisno”, pelo Société Mondiale e pela PetroRio. Até o final de 2017, o Société Mondiale era o veículo de investimento que concentrava as participações acionárias do empresário Nelson Tanure na Oi. A PetroRio tem como presidente o empresário Nelson Queiros de Sequeiros Tanure, filho do empresário.

No período mencionado pela Oi, o Société Mondiale diminuiu sua participação no capital social da companhia de 43,63 milhões de ações ordinárias para 300 mil, segundo tabela apresentada. Já a PetroRio baixou de 9,45 milhões de ações ordinárias para 7,33 milhões. Segundo a denúncia da Oi, a venda teria ocorrido a partir de informação privilegiada, no caso uma Assembleia Extraordinária convocada pela Pharol, maior acionista da Oi, que ainda não era de conhecimento do mercado.

Tanto o Société Mondiale quanto a PetroRio informaram ao Valor Econômico desconhecer o inquérito policial. A Société Mondiale observou que passou a vender suas ações a partir da aprovação da recuperação judicial da Oi e que “sempre agiu de forma lícita e no interesse dos acionistas da companhia”.

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