Pesquisa revela que TV paga se posicionará como agregador de todo tipo de conteúdo

Executivos de empresas das Américas, incluindo Brasil, Europa e Ásia afirmam que OTTs não são ameaça e abrirão oportunidade. Mas veem disputa por direitos esportivos e pirataria como questões sensíveis.

O mercado de TV paga passa por uma transformação, na medida em que as empresas tradicionais disputam a atenção com aplicativos que transmitem conteúdo via internet. O fenômeno está deixando o mercado de TV por assinatura fragmentado, obrigando os competidores tradicionais a recorrer a estratégias mais agudas de empacotamento atrelado a serviços distribuídos por IP e a ofertas de conectividade que permitam o acesso ao conteúdo em qualquer lugar.

Esse é o pano de fundo de pesquisa realiza pela fabricante Nagra e pela consultoria MTM. O levantamento ouviu 141 executivos do setor, tando de distribuidoras, quanto de programadoras, de todo o mundo, inclusive do Brasil. E constatou que 70% dos executivos acreditam que a competição com OTTs terá impacto positivo em seus negócios. Muitos ainda duvidam que as OTTs serão capazes de ameaçar a venda de TV paga.

Eles enxergam, na verdade, oportunidade para que a distribuição tradicional cresça no modelo IP. Para 77% deles, a previsão é que, em cinco anos, surgirá algo classificado como super-agregadores, plataformas que reúnem a TV linear e os OTTs. Eles admitem, porém, que no primeiro momento, o lançamento de serviços comos Disney+, Hulu e ESPN+ podem ser substitutos da TV paga inicialmente.

Para lidar com os desafios, a maioria dos executivos afirmou que a próxima década será de redefinição de preços e pacotes. 91% dos ouvidos dizem que será preciso mexer nestes elementos para se tornarem super-agregadores de conteúdo. Muito avaliam, ainda, a opção de oferecer conteúdo gratuitamente para o consumidor, a partir de financiamento publicitário.

As OTTs são encaradas como ameaça concreta na disputa por direitos esportivos. Por isso, trazer OTTs que detenham esse direitos, fará parte da estratégia de todos os grupo.

A pirataria segue estorvando muitos executivos. Para 65% deles, a pirataria evoluiu, piorou ou, no mínimo, manteve-se no mesmo patamar do último ano. Isso tem dificultado a geração de receita com a distribuição de conteúdo. Para 48%, a pirataria vai continuar a pressionar o setor nos próximos 5 anos. A solução depende de múltiplos fatores, como tecnológica, preços e colaboração entre os membros da indústria.

Por fim, há a crença de que o uso de análise de dados e inteligência artificial será um diferencial competitivo. Para 79%, essas tecnologias vão contribuir para a criação de novos produtos, no atendimento e na manutenção do cliente, na gestão de conteúdo, na aquisição de assinantes e no gerenciamento das redes. (Com assessoria de imprensa)

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Da Redação

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