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Regulação

WiFi está no limite e precisa da faixa de 6 GHz, defendeu DSA em reunião na Anatel

Avaliação feita pela DSA em reunião da Anatel foi rebatida pelas indústrias de redes móveis, que defendem a alocação do espectro para o celular

A tecnologia WiFi está no limite de sua capacidade e precisa de mais espectro urgente, defendeu representante da Dynamic Spectrum Allicance (DSA) ao Comitê de Espectro e Órbita em reunião na semana passada. Conforme o grupo, a velocidade da banda larga fixa vem aumentando, de modo que o ‘última milha’ da rede também deve aumentar sua velocidade, para suportar aplicações como realidade virtual, realidade aumentada e internet das coisas.

A apresentação foi feita em mais uma defesa da entidade pelo uso do espectro não licenciado na faixa de 6 GHz, como determinado pela Anatel em maio.  Conforme representante da DSA, o espectro será essencial para superar o congestionamento do WiFi e garantir que a tecnologia cumpra papel importante no offload (descarga) do tráfego móvel em 5G.

Com o WiFi 6 podendo acessar mais 1 GHz de espectro não licenciado, poderá entregar velocidades de até 10 Gbps.

Equilíbrio no espectro

Na mesma reunião, fabricantes de redes móveis e operadoras defenderam o acesso das redes celulares ao 6 GHz, alegando que, apesar de os Estados Unidos terem alocado toda a faixa de 6 GHz para WiFi,  outros locais do mundo, como Europa, não seguiram nessa linha.

“[Tais países] Sugerem que não seja alocada toda a faixa de 6 GHz para WiFi neste momento, de forma a equilibrar faixas para espectro licenciado e não licenciado”, defendeu o grupo, segundo relato do secretário do Comitê de Espectro e Órbita, Humberto Pontes Silva. Também o grupo entendeu que não haverá problema de convivência com os atuais serviços em 6 GHz, como enlaces de micro-ondas.

 

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