Ações do Brasil para expandir telecom podem ser adotadas em qualquer país

Experiências bem sucedidas envolvem abertura do mercado a pequenos provedores, infraestrutura fluvial e acesso a investimentos privados

O Brasil tem ações em expansão de telecomunicações para exportar a qualquer país do mundo, incluindo os africanos de língua portuguesa, afirmaram nesta quarta-feira , 24, palestrantes do setor no evento Conexão Brasil-África, realizado em Brasília.

Entre as experiências bem sucedidas estão a abertura do mercado de telecom para pequenos provedores regionais, a instalação de infovias na Amazônia e a facilitação do acesso ao crédito proveniente de recursos públicos.

Conexão Brasil-África | Painel 4: As ações dos reguladores e dos Governos para a expansão do mercado de telecomunicações.
Conexão Brasil-África | Painel 4: As ações dos reguladores e dos Governos para a expansão do mercado de telecomunicações.

Moderador do debate sobre a expansão do mercado, o CEO da Futurion, Caio Bonilha, comentou que essas experiências podem ser levadas a países de toda parte para proporcionar avanços já alcançados pelo Brasil.

Em particular, ele comentou que o projeto das infovias montadas na Amazônia, por meio de cabos submersos no leito dos rios, poderá ser replicado com sucesso em países africanos. “Na África, há vários rios que podem também ser utilizados para a expansão da infraestrutura e do mercado”, observou.

O presidente da Telebras, Frederico de Siqueira Filho, citou que os provedores regionais conseguiram atingir o interior do país e até passaram a atuar em grandes cidades controladas pelas grandes operadoras.

“A abertura do mercado e a promoção dos provedores regionais fizeram com que o setor conseguisse alcançar grandes resultados. Isso contribuiu muito para que a gente aumentasse a capilaridade e a infraestrutura do setor”, assinalou.

Governança

O economista Marconi Viana, gerente de Pesquisas do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), destacou a governança criada para o acesso a investimentos no país, com a aplicação de fundos públicos geridos por conselheiros com mandatos, a exemplo do Fust.

“Isso garante que não haja uma concentração muito grande de investimento em um único polo ou em poucas empresas”, pontuou.   (por Abnor Gondim)

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