Para Nextel, Anatel deve priorizar compartilhamento de espectro a leilões

Segundo diretor regulatório da operadora, agência deveria incentivar a ocupação de espectro ocioso.

O diretor de assuntos regulatórios da Nextel, Luciano Stutz, defendeu hoje, 13, que a Anatel priorize o compartilhamento de espectro já licenciado à venda de novas frequências. Segundo ele, a agência deveria incentivar que espaços ociosos em diferentes regiões sejam usados ao máximo, seja para acesso móvel, seja para o fixo.

“O espectro é escasso e também é rede. E sendo rede, o compartilhamento deve ser mandatório no futuro”, falou, durante do Seminário TelComp 2018, que aconteceu hoje, 13, em São Paulo. No evento, discutiu-se oportunidades para operadoras competitivas.

Para o executivo, novos leilões podem ser realizados pela Anatel, mas seria mais interessante que a ocupação fosse maior antes de liberar mais de um recurso escasso.

O compartilhamento teria o perfil dos atuais acordos de RAN Sharing, como o que a operadora possui com a Vivo. Este acordo, aliás, tem validade de dois anos, mas exigia pedido de renovação à Anatel neste ano. Stutz afirma que a Nextel já protocolou o pedido de extensão do contrato, e atualmente, Nextel e Vivo apenas aguardam a confirmação da continuidade do trato.

A Nextel tem licença para exploração das faixas 800 MHz (SME), 1,8 GHz e 2,1 GHz no SMP. A operadora estaria no radar de concorrentes, como a TIM, para um processo de consolidação em função justamente do ativos em espectro e infraestrutura de rede nas cidade de São Paulo e Rio de Janeiro, conforme Amos Genish, ex-CEO da Telecom Italia, avisou na última semana.

TIM

No mesmo painel, Carlos Franco, da TIM, defendeu a rápida liberação da frequência de 3,5 GHz. Para ele, o espectro é importante para acelerar a chegada do 5G ao país. Sua expectativa é de que o leilão aconteça ainda em 2019, para que possa ser usado a partir de 2020. “Também temos que começar a pensar no uso de mais faixas abaixo de 1 GHz e, mais para a frente, das faixas de ondas milimétricas. Mas isso podemos começar a pensar no ano que vem”, afirmou.

 

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Rafael Bucco

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