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MVNOs fecham primeiros contratos, com BT e Igreja da Fé

As duas primeiras credenciadas das operadoras virtuais são a britânica BT, que atua no Brasil no mercado corporativo e deve continuar com tal, e a Always, nome do portal evangélico Igreja da Fé.

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A Anatel liberou hoje, 20, os dois primeiros contratos entre as operadoras móveis virtuais (MVNO) e seus parceiros. Um deles é entre a MVNO Datora e a empresa BT Brasil Serviços e Comunicações; a poderosa Britsh Telecom, que já está presente no mercado corporativo brasileiro há muitos anos.  O segundo se dá entre a MVNO EUTV e a empresa Always Tecnologia, nome fantasia para a Igreja da Fé, evangélica, que terá um portal com a operadora.

Segundo os técnicos da agência, esses pareceres são os mais simples possíveis, pois essas empresas são credenciadas das autorizadas MVNOS. Ou seja, a relação comercial que a Anatel regula se dá apenas entre a MVNO e a MNO (ou a operadora principal). É nessa relação que estarão sendo fiscalizadas as metas de qualidade e o cumprimento dos demais regulamentos da agência. E, nesses dois casos, o acordo tanto da Datora e da EUTV é com a operadora TIM Brasil. As duas foram autorizadas pela Anatel a prestar serviço de telecom sobre a rede da TIM Brasil, mas com direito a receber números próprios.

Os negócios

A EUTV ganhou recentemente a licitação dos Correios e, até o primeiro trimestre do próximo ano, estará com os serviços na rua. Liderada por Yon Moreira da Silva, a operadora que tem o nome fantasia Surf Telecom, está com o pé no acelerador e já tem contratos com outras empresas, à espera das licenças da Anatel. Vai assinar, no dia 26 em Brasília, a outorga para a banda de 35 MHz em 2,5 GHz que comprou no último leilão da Anatel.

A Datora recentemente mudou o seu controlador, quando passou a contar com a Codemig, estatal mineira em seu capital,com 45% das ações. Nesse acordo com a BT, dizem fontes do mercado, não há qualquer intenção de a toda poderosa operadora inglesa ingressar no mercado de varejo móvel brasileiro. Ele foi firmado para resolver um problema regulatório da BT, que estaria fazendo roaming permanente para administrar os satélites que utiliza no Brasil.

O roaming permanente – tema que será palco de disputas com a IoT – ainda é nebuloso no Brasil, e tende a não ser permitido pela Anatel, já que seu uso é amplamente desfavorável para os operadores de telecom que tem sede empregos e impostos no Brasil. Atuando agora como credenciada, a BT passa a internalizar essas operações.

 

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