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Operadoras levam ao MCTIC estudo favorável à convivência de 5G e parabólicas

Via Sinditelebrasil, resultado dos testes feito pelo CPqD aponta que a utilização de dispositivos de última geração podem eliminar totalmente interferências

O SindiTelebrasil, que representa as operadoras de telecom, apresentou hoje ao MCTIC (Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações) e à Anatel o resultado dos testes realizados pela Fundação CPqD, com base nos testes da agência, que comprovam a viabilidade técnica da convivência entre o 5G, na faixa de 3,5 GHz, e os sinais de televisão transmitidos via satélite pela Banda C (TVRO).

Segundo o CPqD, é possível eliminar totalmente as interferências com a utilização de dispositivos, denominados LNBF’s de nova geração, a serem instalados na recepção dos sinais de TVRO, na residência do usuário. As operadoras entendem que esse trabalho é complementar ao realizado pela Anatel em maio de 2019 porque os LNBF’s testados agora não existiam à época.

Durante os ensaios de laboratório e a avaliação de campo, foram testados oito novos LNBF’s, de quatro fornecedores, e três deles eliminaram 100% da interferência, mesmo nos cenários mais críticos. “Três dos quais foram capazes de eliminar totalmente a interferência do sinal na banda adjacente, avaliados no Cenário Anatel, sem a necessidade de redução na potência transmitida pelo 5G”, diz o CPqD no relatório.

O objetivo dos testes do CPqD foi de encontrar uma solução para os problemas de convivência apontados nos testes realizados anteriormente pela Anatel, que indicavam eventuais casos de interferência nas situações mais críticas. Com isso, explica o CPqD, os fabricantes fizeram aprimoramentos. “Esse marco foi determinante para o surgimento de uma nova geração de LNBF’s”, aponta o relatório.

Segundo o Telebrasil, as conclusões do CPqD reforçam o entendimento de que é desnecessária a migração de toda infraestrutura de TVRO para a banda Ku. “Isso traria uma complexidade desproporcional e um elevado impacto financeiro, com consequências negativas para o desenvolvimento da tecnologia 5G no Brasil”, relatou a entidade.

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