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Carlos Slim sugere que operadoras banquem os celulares dos cidadãos

Dono da América Móvil (Claro) disse ainda, em Ruanda, que o Estado deve criar programas para pagar pela conectividade das pessoas. O empresário falou durante reunião do setor, no fim de semana, para o WDTC, que começou nesta segunda, 6
Carlos Slim, dono da América Móvil - crédito: Tania Victoria / Secretaría de Cultura de la Ciudad de México
Carlos Slim, dono da América Móvil – crédito: Tania Victoria / Secretaría de Cultura de la Ciudad de México

O empresário Carlos Slim sugeriu que as operadoras banquem os celulares das pessoas. Mais que isso, que o Estado crie programas para pagar pela conectividade dos cidadãos. O dono da América Móvil (Claro) falou no fim de semana, durante reunião da The Broadband Commission for Sustainable Development (Comissão de Banda Larga para o Desenvolvimento Sustentável) em Ruanda, para apresentação da Conferência Mundial de Desenvolvimento de Telecomunicações (WTDC).

Slim é copresidente da comissão e fez tais afirmações após o discurso de abertura, a cargo do presidente de Ruanda, Paul Kagame. O intuito da reunião foi identificar novas ações que possam impulsionar o progresso mais rápido em direção ao acesso universal significativo a redes e serviços digitais.

“Ainda estamos vivendo tempos difíceis, economicamente, politicamente e em termos de saúde pública global. O futuro imediato está cheio de incertezas e riscos. Mas uma coisa é certa: todos os desafios que enfrentamos podem ser enfrentados de forma mais rápida, melhor e mais equitativa, investindo em banda larga universal e acessível”, disse Kagame.

Foi quando Carlos Slim entrou com sua sugestão em relação às operadoras. “Elas podem fornecer os dispositivos e os programas governamentais podem pagar a assinatura mensal para as famílias que se qualificam, garantindo pacotes razoáveis ​​com minutos ilimitados e dados suficientes. Isso apoiaria educação remota, e-saúde e comércio eletrônico, entre muitos outros serviços digitais”, disse o bilionário.

Participações

O encontro teve a participação de comissários e convidados especiais representando líderes governamentais, chefes de organizações internacionais e empresas do setor privado. Todos discutiram o poder da transformação digital para criar um impacto socioeconômico positivo e maneiras de aumentar rapidamente o acesso à banda larga e promover parcerias, entre outros assuntos.

No debate entraram as dificuldades dos 46 países menos desenvolvidos do mundo, onde 17% da população ainda não tem sinal de banda larga móvel.

Outra sugestão veio de Houlin Zhao, co-vice-presidente da Comissão e secretário-geral da ITU (International Telecommunication Unit, ou União internacional da Telecomunicação). “Um dos desafios que precisamos superar é reduzir o custo das assinaturas de banda larga e dispositivos digitais, especialmente em economias de baixa e média renda”, disse.

O evento

Foi a primeira reunião presencial da Comissão em dois anos, e proporcionou sinergias claras com o WTDC, que começa nesta segunda, 6, com o tema “Conectando os desconectados para alcançar o desenvolvimento sustentável”.

Segundo a União Internacional de Telecomunicações (UIT), a conferência de desenvolvimento digital tem como foco discutir a possibilidade de tornar a conectividade acessível para as cerca de 2,9 bilhões de pessoas no mundo que ainda não têm conexão com a internet.

O WTDC reúne mais de 2.000 membros da comunidade internacional, incluindo Chefes de Estado, ministros de governo, delegações nacionais de 153 países, líderes proeminentes do setor digital, representantes de alto nível de organismos regionais, incluindo a União Africana e a União Europeia, e altos funcionários de organismos não governamentais.

Durante a conferência, será produzida a Declaração e Plano de Ação, um acordo global para, segundo os organizadores, “conectar os desconectados para alcançar o desenvolvimento sustentável”.

O evento vai durar dez dias – de 6 a 16 de junho -, e a ideia é unir esforços para elaborar um novo roteiro para aproveitar as tecnologias digitais e impulsionar o desenvolvimento socioeconômico, além de acelerar o progresso em direção aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela ONU para 2030. (Com assessoria de imprensa)

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