Operadoras brasileiras começam a testar WiFi Comunitário

Modelo que utiliza conexões domiciliares como hotspots para a áreas próximas ganhou escala nos Estados Unidos e Europa

As operadoras brasileiras colocaram como prioridade os testes de Wi-Fi Comunitário, que utiliza as conexões residenciais como hotspots para atender áreas ao redor. Segundo Hugo Baeta, diretor de provedores de serviços da Cisco, o interesse dessas empresas se alinha com uma tendência mundial desse tipo de compartilhamento que já acontece em maior escala nos Estados Unidos e Europa.

De acordo com o executivo, o modelo de negócios ainda está sendo analisado. “Isso pode variar de operadora para operadora, pode ser uma assinatura grátis para o dono do modem que é compartilhado ou mesmo patrocinado por empresas, como redes de varejo por exemplo”, disse Baeta. “As operadoras colocam um segundo SSID — nome público daquele ponto — que fica disponível para seus clientes que estiverem próximos daquele local”, completou Giuseppe Marrara, diretor de relações governamentais da empresa.

O crescimento do Wi-Fi Comunitário está alinhado também a outra tendência, a expansão mundial do uso dessa plataforma como acesso à Internet. De acordo com o estudo Cisco Visual Networking Index (VNI) para o período de 2015 a 2020, divulgado hoje, globalmente o total de pontos de acesso Wi-Fi públicos (Hot spots), incluindo pontos domiciliares, aumentará 7 vezes, de 64 milhões em 2015 para 432 milhões em quatro anos.

Nesse período, os pontos de acesso domiciliares aumentarão de 57 milhões em 2015 para 423 milhões.Na avaliação da companhia, a expansão do acesso Wi-Fi permitirá uma variedade de escala e oportunidades de otimização para as operadoras de rede: mais offload móvel, serviço de voz sobre Wi-Fi onipresente (VoWiFi), cidades inteligentes, transporte conectado e diversas estratégias de Internet das Coisas (IoT). Além do mais, também reforça recursos quad-play e oferece maior acesso aos serviços de TV Everywhere.

 

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Wanise Ferreira

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