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Operadoras aceleram instalação de redes FTTH, com Vivo à frente

Todas as operadoras brasileiras aprofundam investimentos para levar conectividade mais rápida até a casa do cliente.

[O Tele.Síntese está publicando semanalmente as reportagens especiais presentes na última edição do Anuário Tele.Síntese de Inovação 2018, que aponta tendências e rumos do setor de telecomunicações brasileiro.]

Operadoras aceleram instalação de redes FTTH, com Vivo à frente

Mesmo sem a aprovação do Termo de Ajuste de Conduta (TAC), que lhe permitiria trocar cerca de R$ 3 bilhões em multas por R$ 5,4 bilhões em investimentos, a Telefônica Vivo decidiu manter a parte do projeto que envolvia instalação de redes em cidades, levando fibra até a casa do cliente. Para o triênio 2018/2020, anunciou investimentos de R$ 2,5 bilhões em FTTH (Fiber to the Home).

“O plano é ambicioso”, resume Átila Branco, diretor de Engenharia Móvel da Vivo. Embora a expansão da rede fixa de fibra não seja tão rápida quanto a da cobertura móvel, que se apoia na fibra para interligar todos os sites, a operadora fechou o mês de junho deste ano com FTTH em 98 cidades do país.

Com muito menos cacife em termos de recursos que a Vivo, a Oi informou que vai ligar a rede FTTH em 19 cidades este ano. E traçou um plano agressivo, comunicado ao mercado junto com seus resultados do 2T18, para recuperar clientes na banda larga fixa e combater o avanço dos provedores regionais em cidades onde sempre atuou. A operadora vai usar a capilaridade de sua rede de transporte e abrir portas mais rapidamente para FTTH, reduzindo custos de implantação de redes de fibra entre 30% e 50% na comparação com projetos tradicionais.

A previsão da companhia é chegar a seis milhões de homes passed com FTTH no fim do primeiro semestre de 2020. Já neste ano, a companhia chegará a um milhão de homes passed, além de outro milhão de casas em regiões prontas para iniciar a instalação da última milha em fibra. “A demanda de mercado é que determinará os locais e o ritmo de implantação”, ressaltou Carlos Brandão, CFO da Oi, durante conferência dos resultados do 2T18.

A TIM Brasil decidiu dar um passo à frente no seu modelo de banda larga fixa, que atende por meio do TIM Live com a tecnologia FTTH em São Paulo e Rio de Janeiro, e com a chamada WTTx nas demais grandes cidades. O tráfego segue por fibra até o site e, de lá, via wireless até a casa do cliente. Para o mês de agosto deste ano estava prevista a inauguração de uma rede totalmente em fibra até a casa do cliente em Salvador. “São estratégias complementares.
Vamos usar a rede FTTH para velocidades maiores, de mais de 100 megas, e a rede WTTx, que em média alcança de 20 a 30 megas, para atender as regiões periféricas das grandes cidades”, explica Homero Salum, gerente de Engenharia da TIM. Segundo ele, até 2020, a TIM, que hoje conta com 600 mil clientes no TIM Live, quer chegar a três milhões atendidos por FTTH.

Depois de ter segurado investimentos na rede da Net Serviços, que lhe dá a liderança no market share de banda larga fixa no Brasil – a empresa contava com 9,166 milhões de clientes em junho de 2018, segundo dados da Anatel –, a Claro Brasil, do mexicano Carlos Slim, decidiu voltar a investir na rede. Com a renovação de seu backbone, que está sendo transformado em uma rede fotônica, capaz de funcionar ora como rede IP, ora como rede óptica de forma automatizada, 200 cidades do país, incluindo todas as capitais, serão beneficiadas, relata André Sarcinelli, diretor de Engenharia.

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