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Em parceria com a Vivo, Vale terá primeira rede LTE privada do país

A partir do primeiro semestre de 2020, a rede estará disponível na mina de Carajás (PA), onde no momento funcionam três perfuratrizes autônomas e em breve começarão a rodar também caminhões sem operadores na cabine.

A Vale fechou um acordo com a Vivo para implementar uma rede privada 4G/LTE em suas operações no Brasil. A novidade vai otimizar o uso de equipamentos autônomos, que exigem cobertura em áreas amplas e tráfego para um volume expressivo de dados. O investimento no projeto será de cerca de R$ 21 milhões.

A partir do primeiro semestre de 2020, a rede estará disponível na mina de Carajás (PA), onde no momento funcionam três perfuratrizes autônomas e em breve começarão a rodar também caminhões sem operadores na cabine. Em seguida, a inovação deve chegar à mina de Brucutu, em São Gonçalo do Rio Abaixo (MG), onde operam 13 caminhões autônomos. A rede tem potencial de ser usada ainda para conectar instrumentos de monitoramento de barragens.

A novidade vai impulsionar o programa de veículos autônomos da Vale, que tem o objetivo de aumentar a segurança, retirando empregados da área de risco. Os autônomos trazem também ganhos de eficiência operacional e sustentabilidade ao aumentar a vida útil de equipamentos em cerca de 15% e reduzir o consumo de combustível e os gastos com manutenção em aproximadamente 10%. Em Brucutu,  os caminhões autônomos que estão operando atualmente em uma rede com a tecnologia WiMax serão migrados para a nova rede futuramente.

“Além das vantagens com relação à cobertura e volume de dados, a utilização do LTE também é um investimento importante porque é escalável: todo o desenvolvimento de tecnologia celular deve seguir este padrão daqui para frente”, disse Gustavo Vieira, diretor de TI da Vale. “O 4G é uma realidade e as atualizações tecnológicas feitas a partir daí terão custo menor do que de tecnologias que não são tão disseminadas”.

“Uma solução de LTE privado supre as necessidades específicas das empresas, atendendo aos requisitos das aplicações de missão crítica que demandam alta segurança, mobilidade nas linhas de produção, espectro livre de interferências e priorização de tráfego, conectando um alto volume de dispositivos IoT em um ecossistema aberto e amplamente disponível”, afirmou o vice-presidente B2B da Vivo, Alex Salgado.

A parceria possibilitará à Vale utilizar os serviços da Vivo nessas regiões. A operadora também disponibilizará cobertura 4G, o que facilitará a comunicação entre os empregados dentro das operações das minas.

Na América Latina esse modelo de parceria com operadora está disponível somente no Chile, em fase de testes. A Vale também detém redes privadas 4G/LTE em suas operações no Canadá e na Malásia.

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