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Oi diz que ainda não procura banco para fazer novo aumento de capital

Plano de Recuperação Judicial prevê que operadora pode buscar novos aportes, de até R$ 2,5 bilhões, em até dois anos após a homologação. CFO diz que ainda não há proposta apresentada pela diretoria da companhia.

A Oi informou ao mercado hoje, 11, que ainda não começou a buscar bancos que possam organizar um novo aumento de capital para a companhia, da ordem de R$ 2,5 bilhões. O aumento está previsto no plano de recuperação judicial. A declaração enviada à CVM rebate nota do jornalista Lauro Jardim, publicada ontem pelo OGlobo, de que a empresa já procura assessor financeiro e que o aumento é dado como certo.

“Até a presente data não ocorreram tratativas para mandatar instituição financeira”, escreve Carlos Brandão, no comunicado à CVM. Segundo a nota, cabe à diretoria apresentar propostas para a captação de recursos previstos no plano de recuperação judicial, “o que até o momento não ocorreu”.

Conforme o plano de recuperação judicial, a Oi faria dois aumentos de capital, o primeiro, ocorrido ano passado, converteu dívida em ações. O segundo, finalizado este ano, aportou R$ 4 bilhões na empresa – dinheiro que será destinado ao investimentos. O terceiro, sobre o qual a operadora afirma ainda não ter elaborado proposta, pode levantar exatos R$ 2,5 bilhões, e tem de ser realizado em até dois anos após a homologação da RJ.

Significa que a Oi tem até 8 de janeiro de 2020 para realizar o novo aumento. A empresa pode, pelo contrato, emitir mais ações ordinárias ou novos instrumentos de dívidas, incluindo dívidas com garantias. Os termos estão descritos nas cláusulas 5.3.1 e 5.3.1.1 do plano de recuperação judicial.

O aumento de capital é visto como essencial para que a operadora seja capaz de competir no mercado de telecomunicações futuro, seja na banda larga fixa, seja mantendo a operação de telefonia móvel.

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