V.tal oferece ao ISP mesmos direitos da Oi no uso da rede

Todo o ISP que fechar em primeiro parceria com V.tal terá exclusividade no uso na rede de sua região por seis meses, além de poder indicar os rumos da expansão da infraestrutura, afirma Pedro Arakawa.
Pedro Luiz Arakawa | COO V.tal, quer muitos âncoras na rede da empresa Crédito: Renata Mello
Pedro Luiz Arakawa | COO V.tal, quer muitos âncoras na rede da empresa Crédito: Renata Mello

A V.tal, está presente na Abrint 2021 com o objetivo de reiterar ao ainda reticente e verticalizado mercado dos provedores regionais de internet que o uso da rede é para valer. Que ela é mesmo uma rede neutra, agnóstica e pronta para ser o parceiro dos demais operadores de telecomunicações na expansão do serviço. E por isso, em apresentação feita ontem, e conversa com o Tele.Síntese, Pedro Arakawa, o diretor comercial da empresa de infraestrutura explicou:  ” O primeiro cliente, seja de presença nacional ou regional, que fechar parceria com a V.tal em uma região, será o âncora daquela região, assim como é a Oi na região dela”, afirmou Pedro Arakawa, diretor comercial (COO) da companhia.

E o que significa ser o âncora da empresa para uma determinada região?

“É o primeiro cliente, seja nacional ou regional, que fechou parceria com a empresa em região onde V.tal não tem cliente. Ele tem direito a fazer uso da rede por seis meses, antes de ser aberta para concorrentes e pode escolher como deverá ser feita a expansão da rede”, afirmou o executivo.

Conforme o Arakawa, o tamanho da região a ser ocupada pelo cliente âncora não está pré-definido, e será definido conforme o interesse do operador de serviço, no contrato a ser assinado. “A Oi é sim sócia minoritária da V.tal, mas apesar de acionista, não tem ingerência alguma na empresa”, afirmou.

Preço

Arakawa ressaltou que os preços praticados pela empresa são transparentes para todos os operadores que contratarem a rede da empresa, independente do seu tamanho do provedor de serviço. Observa que, mesmo para o mercado corporativo, a empresa não pretende jamais atender ao cliente final, pois seu negócio é mesmo oferecer a infraestrutura para os parceiros de telecom prestarem o serviço, seja para o segmento B2C, seja para o B2B. ” O princípio da neutralidade é a alta ocupação”, reforçou. Ele disse ainda que os preços praticados atualmente, se não estiverem atingindo a contento o segmento de varejo, poderão ser adaptados.

” A  conta tem que fechar. É natural que, com a maturidade do modelo dos provedores regionais e da própria V.tal,  isso vai se acomodar”, completou.

 

 

 

 

 

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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