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Segurança é o foco da Oi para crescer no mercado corporativo

De janeiro a setembro, o número de clientes que utilizam as soluções de segurança da Oi praticamente dobrou. A companhia investiu mais de R$ 100 milhões no setor em três anos e se diz preparada para a era do ataque a partir da internet das coisas.

SOC-Oi-SPA Oi inaugurou hoje, 27, em São Paulo, seu SOC (Centro de Operações de Segurança). A instalação fica na nova sede da empresa na capital paulista, e tem capacidade de monitorar toda a rede da companhia e de seus clientes corporativos.

O plano é crescer em TI e SVAs, setores que, somados, já representam 67% da receita do segmento Corporativo (B2B) da Oi. Segundo a empresa, de janeiro a setembro, o número de clientes que utilizam suas soluções de segurança praticamente dobrou, resultado, garante, de investimento de mais de R$ 100 milhões em segurança nos últimos três anos.

O novo SOC é o ápice desse investimento. A instalação vigia as redes de dados dos clientes corporativos contra possíveis ataques cibernéticos. Ele funciona integrado a um segundo Centro de Operações de Segurança da Oi no Rio de Janeiro, como uma forma de oferecer redundância de proteção em dois ambientes distintos, mas totalmente interligados.

“O segmento de dados e SVAs da Oi cresceu 30% apenas no segundo bimestre. Estamos reduzindo cada vez mais a dependência da voz em nosso portfólio”, ressalta Cátia Tokoro, diretora de B2B da operadora. Ela conta que a Oi tem cerca de 5 mil clientes corporativos, todos potenciais compradores também dos serviços de segurança que a tele vem acrescentando entre suas ofertas.

No SOC uma equipe trabalha 24 horas, nos sete dias do semana, de olho em ataques cibernéticos que acontecem não apenas na rede da operadora, como em todo o mundo. “Começamos os investimentos em 2011, como preparação para os grandes eventos, a começar pela Rio +20”, conta Angelo Coelho, diretor de Segurança, responsável pelo centro.

O investimento feito nos últimos anos resultou, além do SOC e do apoio no Rio de Janeiro, em unidades de monitoração em Brasília (DF), Miami e Nova York (Estados Unidos, país que concentra a maior parcela do tráfego mundial de dados). “Nossa infraestrutura bloqueou a maior quantidade de ataques realizados a uma rede na América Latina, há um mês”, acrescenta Coelho.

O aporte também está distribuído em acordos de swap de fibra com outras operadoras. O que aumenta a redundância da rede e sua estabilidade. Conforme Pedro Falcão, diretor de Tecnologia de Rede e Sistemas, o swap acrescentou 20 mil km de fibra à já gigantesca rede de fibra da Oi, que soma 330 mil km de extensão. “Há dois anos, apenas três capitais tinham três rotas de fibra para seu tráfego. Agora, são 24 capitais”, conta.

IoT
Os executivos contam que a Oi já está preparada para lidar com a nova geração de ataques de negação de serviço (DDoS, na sigla em inglês), que usa dispositivos de internet das coisas para, de forma distribuída, saturar servidores com envio de mais de 1 terabit por segundo de pacotes de dados.

“Criamos uma área específica para internet das coisas. A IoT faz parte da pauta da companhia. Temos o maior laboratório de IoT da região, onde todos as soluções que usamos passam por testes de segurança”, diz Coelho. Ele afirma que a tele está pronta para reagir a um ataque como o ocorrido na semana passada, o maior já registrado, e que prejudicou serviços nos Estados Unidos como Twitter e Netflix.

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