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Oi expande 4G no Nordeste com refarming da 1.800 MHz

O projeto começa mês que vem pelas áreas metropolitanas de Fortaleza e Salvador e até o final do ano vai contemplar outras capitais da região, onde a operadora, dona do quarto market share em telefonia móvel, é líder nos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Maranhão.
André Ituassu - Diretor responsável pelo Investimento, Governança e Desenvolvimento de Serviços de tecnologia da Oi.
André Ituassu – Diretor responsável pelo Investimento, Governança e Desenvolvimento de Serviços de tecnologia da Oi.

A Oi começa a implantar no mês que vem o projeto de refarming da frequência de 1.800 MHz, liberando 10 MHz para utilização para o serviço 4G nas regiões metropolitanas de Fortaleza e Salvador que já é operado na faixa de 2,5 GHz. Com a frequência adicional, o serviço passa a ter 20 MHz de capacidade, aumentando a velocidade, a cobertura indoor e, consequentemente, a experiência do usuário.

A notícia foi dada por André Ituassu, diretor de Investimento e Desenvolvimento de Soluções de Redes e Sistemas da Oi, durante do INOVAtic Nordeste, realizado esta semana em Fortaleza pela Momento Editorial. A operadora escolheu começar o refarming da 1.800 MHz pelo Nordeste por ter na região uma vantagem competitiva na telefonia móvel em relação às concorrentes. Embora seja a quarta colocada no ranking nacional da telefonia móvel celular, é líder nos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Maranhão.

Segundo Ituassu, ainda não estão definidas as demais áreas metropolitanas que serão atendidas até o final do ano, mas o projeto será estendido para outras cidades ainda em 2018. E ao longo do período serão incorporadas tecnologias complementares, além da agregação de portadoras, para oferecer aos usuários as facilidades do 4,5G, como a tecnologia multiantenas (Mimo).

Como não comprou a faixa de 700 MHz, ao contrário de suas concorrentes, a Oi está atrasada na expansão da 4G. E restou a ela usar o refarming da faixa de 1.800 MHz, também usada por outras operadoras, para fortalecer a oferta do serviço de quarta geração a seus usuários.

Reestruturação da rede

Para se preparar para o crescimento do tráfego de dados, a Oi, nos últimos três anos, investiu em dar maior robustez ao seu backbone, uma rede OTN de 30 mil km que corta o país de Norte a Sul. “Ao final do projeto, 24 das 27 capitais vão ter tripla proteção”, relatou Ituassu.

Embora o tráfego de dados móveis tenha duplicado no último ano, ele representa apenas 5% do tráfego da Oi. “Portanto, conseguimos absorver muito crescimento mantendo a qualidade e continuidade do serviço”, observou Ituassu.

Paralelamente, ao reforço no core da rede, a Oi atuou na rede de acesso. As redes, antes segregadas em rede empresarial, rede fixa e rede móvel, foram reunidas em uma única rede IP de acesso. Com isso, houve uma economia, que se reverteu em maior capilaridade, levando o acesso mais perto do cliente, de acordo com Ituassu. “A reengenharia permitiu um aumento da capilaridade de 150%”, disse Ituassu.

Isso vai permitir, segundo ele, ampliar a rede FTTH da operadora nas áreas metropolitanas, como é o caso de capitais do Nordeste contempladas no projeto, entre elas Fortaleza, que terão ultra banda larga de até 200 mega. A capital cearense será a primeira cidade do Nordeste com grande expansão de fibra óptica.

Serviços digitais

Se preparou a rede para o aumento do tráfego de dados e vídeo, a Oi também mexeu nos processos internos para se transformar em uma empresa digital. O primeiro e decisivo passo, contou Ituassu, foi juntar a engenharia e a área de TI.

Dessa consolidação de sistemas, plataformas e processos, surgiram serviços digitais, como o Minha Oi, o Técnico Digital e, o mais recente,  Oi Mod, serviço no qual o usuário compra um chip pré pago, que ativa no app, e faz todas as transações digitalmente, comprando voz e dados.

 

 

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