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Oi e TIM vão ampliar compartilhamento de sites

Oi e TIM assinam memorando de entendimento para renegociar preços cobrados pela concessionária na banda larga de atacado. Também avisam que vão aumentar o número de sites 4G compartilhados.
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Stefano De Angelis, CEO da TIM (esquerda ) e Eurico Teles, CEO da Oi, durante o MWC 2018, em Barcelona (Espanha)

As operadoras Oi e TIM anunciaram no começo da noite desta terça-feira, 27, que seus presidentes, Eurico Teles e Stefano De Angelis assinaram um memorando de entendimento em Barcelona, na Espanha, durante o Mobile World Congress 2018. O texto trata de dois temas cruciais para ambas as empresas: a cobertura de rede e a disputa em torno das tarifas de ligações de longa distância.

Quanto à cobertura, o texto prevê que as empresas vão ampliar o acordo de compartilhamento de infraestrutura. Atualmente, elas divide 6.251 sites de telefonia móvel. Cerca de metade das torres é da Oi, e metade, da TIM. As empresas não revelaram, no entanto, quantas torres mais vão entrar no compartilhamento. A expectativa com a tratativa é reduzir custos de ampliação de cobertura de redes LTE (4G).

A Oi está em recuperação judicial e vem negociando compartilhamento de infraestrutura com outras operadoras. Além da TIM, conversa também com a Telefônica Vivo.

A disputa da EILD

Como antecipado pelo Tele.Síntese, o MOU também define que as empresas vão negociar uma solução para a disputa que se arrasta desde 2015 em torno dos custos de contratação de banda larga no atacado (EILD). A briga entre as teles já passou pela Anatel, que deu ganho de causa à TIM, e vinha sendo travada na Justiça.

A reclamação da TIM era que a Oi não praticava preços de referência definidos pela Anatel para a venda da banda larga no atacado. Já a Oi defendia, até aqui, que a TIM deveria pagar o preço do contrato firmado antes da resolução da Anatel que estabeleceu os preços de referência. As companhias não revelaram, no entanto, qual preço ficou acertado.

Em um comunicado sucinto, dizem que a iniciativa “inaugura uma importante etapa de tratativas que busca equacionar suas respectivas controvérsias e abre um novo ciclo de planejamento de compartilhamento de infraestrutura”. Afirmam, também, que o acordo “fortalece um ambiente propositivo e de colaboração industrial dentro de um contexto de concorrência saudável para o setor de telecomunicações”.

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