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Presidente da Pharol deixa o conselho de administração da Oi

Renúncia de Luís Maria Viana Palha da Silva ocorre no primeiro dia útil após a assembleia geral extraordinária não realizada que deveria ter definido o grupamento de ações da Oi
Presidente da Pharol renunciou ao cargo no conselho da Oi
Presidente da Pharol deixou o cargo no conselho de administração da Oi (crédito: Freepik)

A Oi informou, nesta segunda-feira, 21, que Luís Maria Viana Palha da Silva, presidente da Pharol (antiga Portugal Telecom) renunciou ao cargo de membro do Conselho de Administração da operadora.

“A Companhia expressa o mais profundo agradecimento ao sr. Luís Maria Viana Palha da Silva pela dedicação durante seu mandato, reconhecendo as suas importantes contribuições”, afirmou a Oi, em comunicado endereçado aos acionistas e ao mercado.

Além disso, a operadora em recuperação judicial destacou que “tratará oportunamente da nomeação de um substituto”, sem mencionar uma data específica.

A renúncia do presidente da Pharol ocorre no primeiro dia útil seguinte à assembleia geral extraordinária de acionistas da Oi que definiria o grupamento de ações não ter acontecido, em razão de o encontro não ter alcançado o quórum mínimo necessário. A assembleia estava marcada para acontecer em ambiente virtual e tinha o objetivo de transformar lotes de 50 ações em uma.

No passado, a Pharol foi uma grande acionista da Oi. A empresa portuguesa, no entanto, perdeu participação na operadora após ajustes no processo de reestruturação da tele nos últimos anos.

Em 2019, as empresas firmaram um acordo que pôs fim ao litígio entre elas. Na ocasião, ficou decidido que a Oi entregaria à Bratel, subsidiária da Pharol, 33,8 milhões de ações, das quais 32 milhões eram ordinárias. A tele também pagou 25 milhões à empresa portuguesa para comprar mais ações durante o processo de aumento de capital.

Com isso, a Pharol passou a deter 5,51% do capital social da tele brasileira.

Em 2020, a Oi destinou pelo menos 34,3 milhões de euros à Pharol do valor recebido pela venda da Unitel, ativo na África, à petroleira angolana Sonangol. O valor foi depositado em conta garantia aberta em Portugal e seria usado em caso de eventual condenação em contingências tributárias de responsabilidade da Oi.

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