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“O Brasil também terá diferentes 5Gs”, avalia Castro, da GSMA latina

No Brasil, as operadoras de celular deverão adotar estratégias diferentes para a 5G, como apostar na banda larga fixa, em poucas cidades, ou em fixa e móvel em todo o território, avalia o executivo.

Los Angeles* –  Mesmo com o adiamento do leilão do 5G, que deverá ocorrer no segundo semestre do próximo ano, o Brasil será o principal impulsionador da tecnologia na América Latina, não apenas por que será o segundo país a vender frequência, como também é o principal mercado da região. E, na avaliação de Amadeu Castro, senior executive advisor da GSMA Latin America, as operadoras de celular que atuam no país deverão adotar estratégias diferentes para o início do serviço, assim como acontece nos Estados Unidos, que completa um ano com a comercialização do serviço. 

“Algumas operadoras vão preferir usar a 5G para ofertar a banda larga fixa, outras vão se concentrar na oferta de serviços fixos e móveis em poucas cidades ou vão optar por ampliar o número de cidades atendidas”, observou ele. Até agora, somente a TIM, entre as operadoras brasileiras, antecipou o seu posicionamento, informando que vai usar a nova tecnologia para oferecer a banda larga fixa pelo celular, conhecido como FWA.

Preços menores

Para Castro, independentemente da estratégia de cada empresa, o país vai acabar se beneficiando com a disputa de países de distintos blocos econômicos que já lançaram a 5G – como Estados Unidos, Coreia do Sul e China. Isso porque, salienta, os preços dos equipamentos de redes e dos aparelhos já começam a cair.

“Os países que saem na frente pagam o custo da liderança. O Brasil, por sua vez, poderá acelerar a implementação da nova rede, pois, depois que se rompe a inércia inicial, os números de acessos começam a crescer rapidamente. Estima-se que até o final do ano, 100 cidades do globo terão o 5G”, conclui.

*A jornalista viajou a convite da MWC

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