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Novo presidente dos Correios não confirma sua venda

Ex-ministro da Secretaria-Geral, Floriano Peixoto tomou posse nesta segunda (24) na presidência da estatal. Ele substituiu Juarez Cunha, que foi demitido após ser criticado por Jair Bolsonaro.
Bolsonaro cumprimenta o novo presidente da estatal / Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Logo após tomar posse nessa segunda-feira, 24, como novo presidente dos Correios, o general Floriano Peixoto Neto, manteve o tom  nacionalista de seu antecessor, o general Juarez Aparecido Cunha, que se manifestou contra a privatização da estatal durante audiência pública na Câmara. Questionado sobre se a empresa não será vendida, caso volte a crescer, Peixoto disse não poder assegurar isso, mas elogiou a imagem da estatal, geralmente apontada pelo presidente Jair Bolsonaro como polo de corrupção e má gestão durante os governos petistas.
“Uma coisa de cada vez. Vamos trabalhar para a empresa crescer. É isso que todos nós queremos. O Correio é do Brasil, é uma empresa nossa, e que nós temos muito orgulho”, enfatizou, em entrevista, após cerimônia no Palácio do Planalto.
Ex-ministro da Secretaria-Geral, Peixoto destacou, porém, que ainda não está conversando sobre uma eventual privatização da estatal, mesmo sabendo que seu antecessor, nomeado no governo Michel Temer, foi demitido por Bolsonaro sob a acusação de que teria agido como “sindicalista” ao participar do evento na Câmara.
Na ocasião, Juarez alertou que apenas o “filé” da estatal seria vendida e que o cidadão iria bancar pelos serviços não lucrativos prestados em municípios isolados.
A respeito da venda dos Correios, Peixoto declarou: “Não estamos ainda falando em nada de privatização, nada. A minha intenção é ir para lá trabalhar para fortalecer, para fazer a empresa crescer, ficar mais gigante ainda do que ela é. “
Recuperação 

Em seu discurso na cerimônia, na qual Jorge Antônio de Oliveira Francisco também tomou posse como novo secretário-geral da Presidência, Bolsonaro criticou as gestões anteriores da estatal.

Após prejuízos registrados entre 2013 e 2016, a estatal registrou lucro de R$ 161 milhões em 2018 e de R$ 667,3 milhões em 2017. Para privatizar a estatal, o governo precisa da anuência do Congresso, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal.

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