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Brasil vai sair do jejum de IPOs, prevê presidente da B3

O presidente-executivo da B3, Gilson Finkelsztain, prevê a concretização de pelo menos 100 IPOs (abertura de capital na bolsa de valores) este ano.
B3 - Crédito: Divulgação
Crédito: Divulgação

O presidente-executivo da B3, Gilson Finkelsztain, prevê a concretização de pelo menos 100 IPOs (abertura de capital na bolsa de valores) este ano, com maior intensidade para o segundo semestre. Mas se disse “cauteloso” quanto a essa projeção. Em sua visão, este tipo de operação “exige um mercado mais fluido, um fluxo mais robusto, uma dinâmica mais clara do juro chegando a um dígito e a inflação sob controle”.

O executivo avalia que há pelo menos 100 empresas se preparando para IPOs na B3, mas ele acredita que as iniciativas de follow-on deverão ser as mais frequentes este ano, como ocorreu no ano passado, quando não se concretizou qualquer lançamento novo de ações no mercado de capitais brasileiro. O follow-on acontece com as empresas que já têm o capital aberto, e estão listadas na bolsa de valores, e decidem emitir novas ações para levantar mais recursos. Entre os setores que deverão concretizar IPOs, ele listou os de energia e de saneamento.

Debêntures 

Finkelsztain avalia que o lançamento de debêntures – o que ele chama de “mercado de dívida corporativa” – deverá continuar com forte incremento este ano. Vale lembrar que foi recentemente sancionada pelo presidente Lula a lei que cria novos incentivos para as empresas de infraestrutura captarem recursos no mercado com o lançamento desses papeis.

Para ele, o Brasil também está bem posicionado para atrair capital estrangeiro, tendo em vista que há uma tendência clara de queda dos juros internos e algumas turbulências no cenário internacional, pricipalmente com as eleições nos Estados Unidos, que estão se aproximando.

Acrescentou que ainda existe “incerteza” sobre a capacidade do Ministério da Fazenda cumprir a meta fiscal de déficit zero, mas mesmo que o número não seja esse, conforme indicam as projeções do mercado, o déficit fiscal  está sob controle. “Não cria uma instabilidade grande para os mercados um pequeno déficit, desde que não cresça, desde que seja pequeno”, afirmou.

 

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