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Huawei volta ao mercado brasileiro de smartphones em parceria com a Positivo

Os celulares começarão a chegar entre agosto e setembro. Embora a empresa não tenha divulgado o preço, afirma que será mais em conta dos que seus concorrentes Samsung ou Motorola.

 

Ao comemorar hoje, 6, 20 anos de presença no Brasil, a chinesa Huawei anunciou o seu reingresso no mercado brasileiro de smartphones, do qual havia deixado há três anos. Mas a empresa volta para cá com proposta bem diferente. Ao invés de produzir localmente os celulares de baixo custo, como antes, irá inicialmente importar os aparelhos mais luxuosos de sua linha – o P 20 (eleito como aquele com a melhor câmara fotográfica) e trará também uma outra linha de produtos, não lançada ainda, batizada por NOVA. Mas a importação, comercialização, pós-venda e assistência técnica ficarão por conta da empresa brasileira Positivo.

Os planos são para iniciar a comercialização desses aparelhos entre agosto e setembro, informou  Adam Xiao Ersong, head of Device Business Development, mas ainda não há intenção de iniciar a produção local. Segundo ele, a empresa aprendeu com os erros do passado. “Quando viemos para cá da primeira vez, não éramos fortes o suficiente, e não tivemos boa experiência. Agora, entendemos que é a hora certa para trazermos os aparelhos premium”, afirmou.

O vice-presidente de Mobilidade e Negócios Internacionais da Positivo, Norberto Maraschin, assinalou, por sua vez, que esta parceria não trará qualquer risco de canibalização dos atuais produtos da empresa, visto que a Positivo tem em seu portfólio apenas aparelhos de entrada, e não tem celulares premium. “Esta será a primeira etapa da parceria, que, esperamos, avance para a produção local”, disse ele.

Ersong afirmou, no entanto que a Huawei só começará a estudar a volta da fabricação local depois que sua marca conquistar pelo menos 1% do mercado brasileiro de smartphones, ou seja, 5 milhões de aparelhos vendidos em um ano.

Os celulares da Huwaei já ganharam o primeiro lugar  na China e ocupam a terceira posição no ranking global de fabricantes (suplantada pela Samsung e Apple). Desde 2003, quando a empresa começou a produzir aparelhos de celular,  já cresceu 51 vezes. E a ausência no mercado brasileiro era o “seu calcanhar de Aquiles”.

Conforme a empresa, o ingresso no segmento de aparelhos celulares foi tão acertada que, este ano, a sua divisão de produtos para o consumo ultrapassará, em receitas, a divisão de telecomunicações (equipamentos para redes), onde tudo começou.

ATUALIZADO DIA 7 de junho

 

 

 

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