Nokia sai do prejuízo em 2021 e anuncia fundo para investir em startups

Nokia realizou guinada em 2021 e avisa que reservou € 400 milhões para investir em novas empresa que trabalhem com inovação em 5G
Nokia sai do prejuízo em 2021 e anuncia fundo para investir em startups
Nokia – crédito: divulgação

A fabricante finlandesa de equipamentos para rede Nokia divulgou hoje, 3, os resultados referentes ao ano de 2021. A companhia conseguiu uma guinada, e registrou lucro de € 1,64 bilhão em 2021. No ano anterior, 2020, o grupo amargava um prejuízo de € 2,5 bilhões.

Os resultados vieram na esteira de uma reestruturação estrutural, realizada ao longos dos últimos anos, em que a companhia ampliou os investimentos em tecnologia 5G, cortou pesquisas deficitárias e se desfez também clientes com projetos deficitários.

As receitas da companhia cresceram 2% em 2021, e somaram € 22,2 bilhões. A unidade de negócio que puxou o crescimento foi a de infraestrutura de rede fixa, que faturou 14% a mais que no ano anterior. Já as vendas para redes móveis caíra 7%.

Para 2022, a empresa diz que vai faturar entre € 22,6 bilhões e € 23,8 bilhões. As margens no segmento móvel continuarão apertadas, com o área de infraestrutura fixa entregando maior lucratividade.

Fundo de investimentos

A Nokia avisou juntamente com a divulgação dos resultados positivos que está criando um fundo para investimentos em startups. O fundo, batizado de Fund V, será gerido pela empresa NGP Capital e terá € 400 milhões.

Os aportes do fundo serão feitos em empresas que desenvolvam novos usos para o 5G no segmento industrial e na transformação corporativa. As escolhidas deverão já ter receita, alto potencial de crescimento (e retorno do investimento). Um pilar que pode queimar o filme da startup é a ausência de políticas de ASG (ESG, na sigla em inglês, que diz respeito a iniciativa ligadas ao ambiente, impacto social e governança).

Este é o quinto fundo criado pela Nokia para realizar investimentos em novos negócios, daí o nome de batismo Fund V. Todos são geridos pela NGP Capital. Os aportes respeitam ciclos de retorno de 10 anos.

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Rafael Bucco

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