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Nextel redefine termos de empréstimos com Banco da China, BB e Caixa

Operadora ganha mais prazo para quitar dívidas, mas aceita elevar juros e dispor bens como garantias.

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A Nextel conseguiu redefinir os termos dos empréstimos tomados com o China Development Bank, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Essa reestruturação era uma das condições impostas pelo grupo escandinavo AINMT para concluir a compra do controle da operadora. Caso o novo acordo for adiante, de fato, a AINMT poderá adquirir mais 30% da Nextel, ficando com 60%. As empresas, porém, não se pronunciaram ainda a esse respeito.

Pelos novos contratos com os bancos, a Nextel terá 48 meses para começar a amortizar toda sua dívida com as instituições financeiras. Algumas condições (covenants), como o limite de endividamento máximo, foram suspensas até junho de 2020.

Ainda restarão algumas condições, no entanto. A Nextel passa a ter um limite de caixa e um limite de recebíveis para que os bancos não executem a dívida. A operadora também vai passar a pagar juros mais altos, como cláusula de segurança, e dará direitos de preferência aos bancos. Parte dos equipamentos e outras propriedades entram como garantias.

O novo contrato com o China Development Bank ainda precisa de aval da Sinosure, a agência seguradora de crédito para exportação da China. Essa aprovação deve sair até 31 de dezembro, de acordo com o comunicado da NII Holdings, a atual controladora da Nextel. A empresa ressalta, no entanto, que o acordo pode não ser aprovado pelos chineses.

“A assinatura dessas emendas são um marco importante para melhorar nossas perspectivas financeiras e liquidez, e nos permitirá investir e ampliar os negócios no Brasil”, afirma Dan Freiman, diretor financeiro da NII Holdings, em comunicado ao mercado emitido na manhã de hoje, 1.

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