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Balanço

Nextel perde 3,6% da receita no primeiro trimestre

Nextel ganhou em abril direito a crédito fiscal de R$ 783 milhões. Valor será usado apenas sob orientação da América Móvil, que comprou a tele em março.

A Nextel Brasil registrou queda de 3,6% nas receitas no primeiro trimestre do ano, segundo o balanço financeiro divulgado hoje, 10. A empresa faturou R$ 550,5 milhões no período, ante R$ 571,2 milhões um ano antes. As despesas operacionais somaram R$ 383,4 milhões no trimestre.

A receita média por usuário caiu de R$ 57 no primeiro trimestre de 2018 para R$ 53 agora. A Nextel tinha 3,3 milhões de clientes no final de março, e encerrou o período com churn de 2,35%, menor portanto que os 3,02% de 2018, quando promovia o desligamento dos acessos iDEN.

No balanço, a controladora da Nextel, a NII Holdings, não divulgou qual foi o prejuízo registrado em Reais pela operação brasileira. A holding, no entanto, teve perda de US$ 858 mil, uma drástica redução sobre as perdas de US$ 42 milhões vistas no primeiro trimestre de 2018.

Crédito fiscal

Como as demais operadoras do setor, a Nextel também pediu na Justiça o direito de ser ressarcida pela contabilização de PIS/Confins no pagamento de ICMS. Em 1º de abril a Nextel saiu a decisão definitiva em benefício da empresa. A tele passou a ter direito a um crédito fiscal de R$ 783 milhões.

A empresa diz, no entanto, que não vai usar esse crédito imediatamente. Ele ficará à disposição da América Móvil, na hora que for completada a fusão das empresas. A América Móvil comprou a Nextel por R$ 3,4 bilhões em março, menos a dívida (de US$622 milhões), numa transação que deve ser concluída até o final deste ano. Caso a compra por qualquer motivo não seja concluída, então a Nextel irá definir por conta própria como usar o valor.

Com o crédito fiscal, mais a obtenção de dinheiro atualmente em reserva judicial no México, a NII Holding diz que seria possível manter a operação brasileira por “alguns anos”, na hipótese de que a AMX desista do negócio.

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