Grupo TIM aumenta troca de dívida da NetCo para 5,5 bilhões de euros

Operadora alega que demanda pela substituição dos títulos superou as expectativas; dívidas serão passadas à Optics BidCo, subsidiária da KKR
TIM eleva troca de títulos de dívida da NetCo
Operação financeira da TIM visa a transferir títulos de divida da NetCo para a Optics BidCo (crédito: Freepik)

O Grupo TIM (antiga Telecom Italia) anunciou, nesta quinta-feira, 2, que elevou o montante previsto para troca de dívida relacionada à NetCo, unidade de rede fixa para a qual tem um acordo de venda com a KKR. A operação passou de 5 bilhões de euros (aproximadamente R$ 27,35 bilhões) para 5,53 bilhões (R$ 30,25 bilhões).

Em comunicado, a operadora, dona da TIM Brasil, disse que observou uma “demanda de mercado maior do que o esperado”.

A operação financeira foi anunciada em meados de abril. A intenção da tele é transferir alguns de seus títulos denominados em euros e dólares para a Optics BidCo, subsidiária da KKR que será responsável pela gestão da NetCo após a conclusão da venda.

Na prática, o Grupo TIM convidou investidores a trocar os títulos originais por novos sob os mesmos termos, incluído vencimento, taxa de juros, datas de pagamento e cláusulas restritivas. De todo modo, as notas serão trocadas obrigatoriamente caso a venda do ativo seja concluída até 15 de outubro deste ano.

No mês passado, a transação chegou ao departamento de concorrência da União Europeia (UE), que deve analisar o negócio do ponto de vista das regras de competição. O Grupo TIM espera finalizar todas as etapas da alienação do ativo durante o verão no hemisfério norte (período de junho a setembro).

A companhia italiana tem a expectativa de transferir até 8,5 bilhões de euros (R$ 46,5 bilhões) em dívida para a nova empresa controladora da NetCo.

Apesar de a venda estar prosseguindo, a diretoria da TIM tem enfrentado disputas com seus acionistas. O minoritário Merlyn Partners já apresentou questionamentos ao negócio, inclusive sugerindo a manutenção da rede fixa e a venda da TIM Brasil. Já a Vivendi, maior acionista individual, segue com um processo contra a operadora na Justiça italiana.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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