Telefónica e mais 20 operadoras pedem à UE mais flexibilidade em fusões

Operadoras querem uma nova política industrial no mercado europeu que as favoreça na transformação digital e lhes dê escala global

Um documento encaminhado à nova presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, assinado por 21 CEOs e conselheiros de operadoras da Europa , pede ao órgão uma nova política industrial que permita às empresas liderarem o processo digital  com novas regras de competição que, inclusive, facilitem a aprovação de fusões quando necessário. Sob a tutela da ETNO, entidade que reúne as companhias, teve as assinaturas de José Maria Alvarez-Pallete, da Telefónica, Stéphane Richard, da Orange, e Nick Reade, da Vodafone, entre outros.

O mote do documento é justamente a baixa competitividade das operadoras europeias frente a outros mercados, como Estados Unidos e Ásia. Para o mundo digital, as companhias argumentam que se faz necessário trabalharem em escala global e fazerem frente à uma cadeia de valor digital também global.

A carta recomenda ainda que a União Europeia “aborde ativamente o fragmentado mercado europeu, animando os investidores de forma que possam construir a nível nacional e transnacional uma infraestrutura, incluindo a otimização de rede móvel, compartilhando eficiências”.

As teles reivindicam que diminuam as barreiras para a implantação de redes de internet de alta velocidade e se incentive os investimentos em redes, tanto fixas como móveis.

Para analistas, o recado dado pelas operadoras à Comissão parece tentar evitar uma política mais fechada a acordos entre elas, como ocorreu na gestão anterior da UE.

 

 

 

 

 

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Wanise Ferreira

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