IoT precisa focar na segurança de dados

O alerta é do responsável pelo Ix.br, do NIC.br, que faz a gestão dos Pontos de Troca de Tráfego

 

A construção do ecossistema de IoT no Brasil não tem que levar em conta apenas o conjunto das mais modernas tecnologias e protocolos atuais de troca de informação, o que é necessário, mas tem que focar, desde o início, a segurança dos dados, este é o alerta feito por Julio Sirota, gerente de infraestrutura do IX.br, do NIC.br, o braço executivo do Comitê Gestor da Internet. O IX.br é o responsável pela gestão dos Pontos de Troca de Tráfego entre os Sistemas Autônomos – o Brasil conta com 5.803 Sistemas Autônomos por 5.737 entidades (universidades, operadoras, provedores regionais, etc).

Segundo Sirota, com a explosão da conexão das coisas à internet, a segurança dos dados tende a ser tornar mais crítica. “Este já é uma problema de todos e passa a ser cada vez mais de todos. Da indústria que desenvolve dos dispositivos, das operadoras, dos usuários, dos desenvolvedores de soluções, da academia que forma os jovens, das entidades, de que opera as redes”, disse ele, ao participar do debate sobre IoT durante o Encontro Tele.Síntese que se realiza em Brasília. “Sozinho ninguém consegue proteger tudo, entrada e saída da rede, porque é muito caro”, observou.

Sobre o uso do protocolo IPV6 – este ano o NIC.br comemora dez anos da implantação do início do uso do protocolo no país —, Sirota disse que o Brasil está relativamente avançado na sua adoção. Está colocado em sétimo colocado em nível mundial, segundo uma medição do Google, 83% dos Sistemas Autônomos do Brasil já usam o protocolo. E esse avanço, diz Sirota, se deve muito ao papel cumprido pelas operadoras. Mas ele alerta que os provedores regionais precisam avançar mais e acelerar sua adoção.

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Lia Ribeiro Dias

Seu nome, trabalho e opiniões são referências no mercado editorial especializado e, principalmente, nos segmentos de informática e telecomunicações, nos quais desenvolve, há 28 anos, a sua atuação como jornalista.

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