Movimento nos EUA pede divisão estrutural dos negócios do Facebook

Freedom From Facebook faz petição à FTC para tornar Facebook, Messenger, Instagram e WhatsApp empresas independentes e rivais.

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Um grupo de oito entidades norte-americanas deram início a uma campanha com o objetivo de dividir os negócios de Mark Zuckerberg. Para isso, criou uma campanha batizada de Freedom From Facebook, algo como Liberdade do Facebook.

A proposta é que a Federal Trade Commission, órgão que regula a competição no país, promova a divisão estrutural da rede social. Dessa forma, Facebook, WhatsApp, Instagram e Messenger se tornariam empresas independentes e competidoras.

Para o movimento, é importante que a FTC quebre o que considera ser monopólio do Facebook. Além da separação das empresas, a autarquia deveria garantir que as redes desses aplicativos sejam interoperáveis, para que usuários dos diferentes serviços ainda sejam capazes de se comunicar entre si.

Com a divisão, as entidades acreditam que seria mais fácil para a população pressionar por regras forte e claras de privacidade e proteção de dados pessoais. “Está na hora de fazer o Facebook ser seguro para a Democracia”, afirmam as organizações no texto de petição enviada à FTC. O grupo criou, ainda, uma ferramenta para que qualquer internauta consiga enviar o texto à autarquia, a fim de pressionar as autoridades.

Causas

Os integrantes da campanha argumentam que o Facebook fere a competição nos EUA. A empresa, alegam, compram empresas com potencial para se tornarem concorrentes a fim de “proteger seu monopólio e matar a inovação”. Afirmam que a rede social segue o usuário, coletando não apenas dados de navegação, como localização. E usa as informações que possui para “nos tornar viciados” .

Se a campanha vai pegar, difícil dizer. O primeiro post dos organizadores no Twitter, por exemplo, foi feito há 19 horas, e não soma sequer 15 interações (às 13h desta segunda-feira). Críticos da ação ressaltam que o Facebook não é um monopólio, lembrando que há outras plataformas de interação social em uso – como Telegram, Hangouts, Skype ou Twitter.

A campanha parte de movimentos de esquerda. Nos últimos dias, movimentos de direita também vinham criticando a rede social por anunciar políticas de combate à disseminação de desinformação (ou “fake news”, como se tornaram conhecidos os boatos). (Com agências internacionais)

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Da Redação

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