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Movile vai aumentar investimentos em startups

Desenvolvedora brasileira de aplicações realizou 25 operações, entre compras, fusões e aportes nos últimos dois anos
Painel com Anderson Thees, diretor da RedPoint Ventures, Stelleo Tolda Vice-presidente Executivo - COO do Mercado Livre, Fabricio Bloisi, CEO da MOVILE, Marco De Mello, CEO da P-SAFE
(Da esq. para da dir) Painel com Anderson Thees, diretor da RedPoint Ventures, Stelleo Tolda, Vice-presidente Executivo – COO do Mercado Livre, Fabricio Bloisi, CEO da MOVILE, e Marco De Mello, CEO da P-SAFE

A Movile, desenvolvedora brasileira de aplicativos, pretende aumentar os investimentos na descoberta de novos produtos. Segundo seu CEO, Fabricio Bloisi, vai destinar cerca de R$ 300 milhões a aquisições, fusões ou aportes nos próximos dois anos. A intenção é manter o ritmo de crescimento da empresa, que hoje tem 1,5 mil funcionários em todo o mundo E 70 milhões de usuários em seus serviços. A Movile é dona dos apps Playkids e iFood.

Bloisi participou, nesta quarta-feira, 24, do evento GMIC, que reúne representantes do mercado mobile em São Paulo. Segundo ele, nos últimos dois anos e meio, a Movile realizou 25 operações transações de investimento, aquisições ou fusões. “Isso ajudou a gente a crescer rápido e a ser mais agressivos”, falou. Sem dar números exatos, ele disse que hoje a empresa já tem receita maior que US$ 1 bilhão por ano.

O executivo cobrou, como já fez outras vezes, uma postura mais agressiva dos empreendedores brasileiros. “O Brasil deveria ter quatro, cinco empresas avaliadas em mais de US$ 10 bilhões. A culpa é do mercado, ou do governo? Sim, sempre é. Mas também depende muito da gente. Os empreendedores brasileiros têm, quase sempre, ideias pouco ambiciosas”, criticou, durante painel que debateu o potencial do país em gerar grandes empresas digitais.

Outro executivo a participar da conversa foi Marco DeMello, fundado da PSafe. A empresa recentemente se tornou a primeira startup brasileira a ter valor de mercado maior que R$ 1 bilhão, após aporte de US$ 30 milhões de um investidor. A empresa desenvolve serviços de segurança para celulares. Os apps são todos gratuitos, e somam 80 milhões de instalações. “Somos hoje o terceiro maior canal de mídia mobile, atrás apenas de Google e Facebook”, contou. A intenção é manter a expansão global, fechando no break even em 2017, com 100 milhões de usuários.

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