Huawei já prepara terreno para chegada da nova geração do 5G

5.5G será capaz de entregar picos de conexão em 10 Gbps, diz Sabrina Meng, CEO da Hawei. Mas diferente da proposta de uso geral do 5G, o 5.5G terá aplicação específica e direcionada

Sabrina Meng, CEO rotativa da Huawei, no MWC Shangai 2023

Shanghai* – Encontrar a tecnologia certa para diferentes cenários e desenvolver sistemas de engenharia mais compreensivos irão motivar o desenvolvimento do padrão vai suceder o 5G, o 5.5G, disse hoje, 28, Sabrina Meng, CEO rotativa e CFO da Huawei, na abertura do MWC Shangai 23.

Com a nova geração do 5G, será possível fazer downloads de arquivos a velocidades de 10 gigabits, suportar 100 bilhões de conexões simultâneas e contar com a Inteligência Artificial nativa. Mas, para chegar lá, alertou a executiva, não se pode contar com uma única tecnologia.

¨Precisará ser desenvolvida a tecnologia que corresponda a cenários específicos¨, afirmou ela durante a abertura do MWC 23 de Shanghai. Para cumprir essa nova tarefa, completou Meng, os sistemas de engenharia são a chave do próximo passo rumo à nova geração tecnológica.

¨A indústria precisa trabalhar mais perto de toda a cadeia de valor com parceiros, pares, clientes e desenvolvedores na busca de soluções, e também na modelagem, otimização, uso de ferramentas e implementação de metodologias¨, completou.

Meng lembrou que o 5G foi lançado comercialmente há apenas quatro anos, mas a tecnologia já perpassa todos os segmentos industriais e milhares de residências em todo o globo, gerando valor social, econômico e comercial. Segundo a executiva, no ano passado, o ecossistema do 5G contribuiu com 1,45 trilhões de yuans para o PIB da China (cerca de US$ 200,15 bilhões ou R$ 969,6 bilhões).

Antes de alcançar o novo padrão 5.5, o 5G irá promover o surgimento de novos aparelhos e novas aplicações que irão entregar experiências mais imersivas. Ente elas, chegarão ao mercado 3D a olho nu, ou seja, sem precisar da ajuda dos óculos de realidade aumentada. No segmento de voz, a aposta é para o ¨new calling¨.

¨A infraestrutura do futuro inteligente não estará mais calcada nos avanços tecnológicos individuais, mas nos complexos e massivos sistemas, que irão demandar capacidade de pensar e do design dos próprios sistemas¨, concluiu Meng.

*A jornalista viajou a convite da Huawei

 

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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