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Puxada por telecom e TI nas empresas, indústria de TIC cresce 9,3% em 2022

Relatório da Brasscom indica que setor gerou R$ 653,7 bilhões para a economia brasileira no ano passado, o equivalente a 6,6% do PIB nacional
Affonso Nina, presidente-executivo da Brasscom; indúsitra de TIC cresceu 9,3% impulsionada por telecom e TI
Affonso Nina, presidente-executivo da Brasscom, indústria de TIC foi impulsionada em 2022 por telecom e TI (crédito: Eduardo Vasconcelos/TeleSíntese)

O macrossetor nacional de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) cresceu 9,3%, em termos nominais, no ano passado. Com isso, a produção dessa indústria chegou a R$ 653,7 bilhões, o equivalente a 6,6% do Produto Interno Bruto (PIB) do País, de acordo com dados divulgados pela Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom) nesta quinta-feira, 18.

O levantamento divide o macrossetor de TIC em três segmentos: TIC, que envolve softwares, serviços, nuvem, hardware e comércio exterior; TI in house, ou seja, tecnologias digitais aplicadas nas empresas; e telecom. De todo modo, o Relatório Setorial 2022 aponta que todos avançaram no ano passado.

Em termos percentuais, o destaque foi o segmento de TI in house, cuja alta foi de 14,2%. No entanto, entre as três subdivisões, é a menos expressiva em termos de produção (R$ 69,8 bilhões).

Conforme a pesquisa, a indústria de telecomunicações avançou 10,3% em 2022, chegando a R$ 277,7 bilhões, enquanto a de TIC cresceu 4,5%, alcançando R$ 306,2 bilhões.

“O setor está crescendo dentro da economia e a sua participação tende a aumentar com o passar dos anos e gerar mais empregos”, afirmou Affonso Nina, presidente-executivo da Brasscom, em coletiva de imprensa.

Segundo a pesquisa, os resultados apontam o Brasil como o décimo maior país em produção de TIC e telecom no mundo. O ranking é liderado pelos Estados Unidos. Na sequência aparecem China, Japão, Reino Unido, Alemanha, França, índia, Canadá e Austrália,

Além disso, o mercado brasileiro ampliado de TIC – isto é, envolvendo os três segmentos – representa 36,4% do total da América Latina e é responsável por 2,02 milhões de empregos no País.

“O Brasil pode ser impulsionado em termos de desenvolvimento econômico e social pelo crescimento de TIC”, destacou Affonso. “O mercado interno é grande e isso é uma vantagem comparativa, pois pesquisa e desenvolvimento se pagam mais quando se tem um mercado doméstico com escala”, complementou.

Produção

De acordo com os dados da Brasscom, 86% da produção de TIC brasileira é consumida no mercado interno.

No ano passado, o grande destaque foi a nuvem, que cresceu 58,6%, totalizando R$ 37,2 bilhões. A produção de hardware, segmento mais expressivo, teve leve avanço de 1,2%, somando R$ 126,9 bilhões. Software (-9,4%) e serviços (-8,7%) registraram resultados negativos.

“Isso se explica porque os serviços e os softwares estão migrando para a nuvem. Então, em vez de uma licença de um software, por exemplo, aluga-se o uso pela nuvem, em modelos as a service”, disse o presidente-executivo da Brasscom.

O relatório ainda aponta que, em 2022, a indústria brasileira de TIC exportou o equivalente a R$ 42,4 bilhões, montante bastante inferior comparado ao de importações de hardware, software e serviços (R$ 187,7 bilhões).

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